“Depois da última reunião com o conselho de administração da SATA, a 23 de agosto, percebemos que a vontade de chegar a acordo com o SINTAC não passa de uma simulação”, refere o sindicato em nota de imprensa.
Em 09 de agosto, o conselho de administração do Grupo SATA manifestou “finalmente disponibilidade” para chegar a acordo com o SINTAC e terminar a greve do pessoal de terra iniciada em julho, revelou, na altura, a estrutura sindical.
Na nota enviada hoje aos órgãos de comunicação social, o sindicato diz que o presidente da SATA “alegou que o pessoal do voo do grupo ganha pouco e que o pessoal de terra ganha muito”, logo “não pode ir para além do que já negociou com o outro sindicato do pessoal de terra, que vendeu os trabalhadores por trinta denários”.
O SINTAC refere que o presidente da SATA “mostrou total incapacidade negocial e profundo desrespeito pelos trabalhadores de terra numa atitude de completa insensatez”.
Para o sindicato, este é o conselho de administração que, até hoje, “mais passos deu no sentido de agudizar conflitos e aumentar os desequilíbrios entre trabalhadores”.
“A paz social parece não fazer parte das contas deste conselho de administração, infelizmente”, frisa-se.
Face ao exposto, o SINTAC entregou hoje um aviso prévio de greve a tempo inteiro, a vigorar entre 13 de setembro e 13 de outubro de 2024.
Os trabalhadores de terra da SATA associados ao SINTAC estão desde 24 de julho em greve ao trabalho suplementar (paralisação a decorrer até 31 de dezembro) contra o “tratamento discriminatório” da empresa, considerando o sindicato inaceitável que a revisão salarial não seja equitativamente distribuída por todos os trabalhadores.
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