[weglot_switcher]

Trabalhadores do Montepio vão ter aumentos salariais até 1,5%, após dois anos de congelamento

Os aumentos, para ativos e reformados, são diferenciados e retroativos a janeiro de 2018. Desde 2016 estavam congelados aumentos salariais da Caixa Económica Montepio Geral, do Montepio Crédito e do Montepio Valor.
8 Abril 2019, 17h49

Após dois anos congelados, os salários dos trabalhadores do grupo Montepio vão registar este ano aumentos entre os 0,75% e 1,5% consoante os níveis salariais, revelam os sindicatos verticais que integram a Federação Nacional do Sector Financeiro (Febase). Segundo  os Sindicatos do Sul Ilhas (SBSI) e  do Centro (SBC), aumentos salariais são retroativos a janeiro de 2018 e abrangem funcionários da Caixa Económica Montepio Geral, do Montepio Crédito e do Montepio Valor, e também trabalhadores reformados.

“Na sequência do pedido de revisão salarial do SBSI e do SBC à administração em dezembro de 2018 e reafirmado em janeiro deste ano, a instituição deliberou proceder a aumentos salariais na Caixa Económica Montepio Geral, no Montepio Crédito e no Montepio Valor, abrangendo trabalhadores no ativo e reformados”, avançaram os sindicatos nesta segunda-feira, 8 de abril.

De acordo com o SBCI e SBC, os aumentos são diferenciados, variando de 0,75% e 1,5%: 0,75% entre o nível 10 ao 18, de 1% do nível 6 ao 9 e de 1,5% até ao nível 6, realçando que “a revisão salarial tem efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2018”.

Recorde-se que os salários do Montepio estiveram congelados durante dois anos (2016 e 2017), na sequência do acordo de empresa da caixa económica negociado com o Sindicato dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) em 2016 e que impediu despedimentos colectivos no ano seguinte.

De acordo com o sindicato, a administração do Montepio propôs primeiro cortar salários aos trabalhadores, o que foi rejeitado. Acabou depois por propôs um congelamento por três anos, tendo ficado acordado que seriam dois.

Como contrapartida, foi garantido aos trabalhadores do grupo que caso o Montepio tivesse lucros em 2018 e 2019, podia haver uma distribuição extraordinária pelos trabalhadores que podia chegar a 5% desses lucros.

Em 2018, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG)  registou um resultado líquido de 1,63 milhões de euros em 2018, valor que compara com 587,5 milhões em 2017. Se não fosse um artifício matemático chamado “impostos diferidos”, a AMMG teria um resultado líquido negativo em torno dos seis milhões de euros. No entanto, como foram registados, em 2018, 8,4 milhões de euros de impostos diferidos, decorrentes, nomeadamente, de prejuízos fiscais, o resultado foi positivo em 1,63 milhões de euros, menos 99,7% do que em 2017, segundo o relatório e contas da AMMG.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.