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Trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo voltam à greve em 9 e 11 de junho (com áudio)

Os trabalhadores da TST decidiram fazer outra greve de 48 horas nos dias 9 e 11 de junho, na defesa da melhoria dos seus salários. Reivindicam que, de imediato, haja o aumento da tabela salarial, no mínimo em 50 euros, caso contrário dentro de um ano serão abrangidos pelo Salário Mínimo Nacional (SMN) de 665 euros.
Foto cedida
27 Maio 2021, 08h00

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) revelou nesta quarta-feira, 26 de maio, que no seguimento do plenário de trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST), ontem realizado, as Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT) avançaram com a entrega de um pré-aviso de greve para os próximos dias 9 e 11 de Junho.

“No seguimento do plenário de trabalhadores da TST, em reunião ontem realizada, as ORTs avançaram com a entrega de um pré-aviso de greve para os próximos dias 9 e 11 de Junho”, avançou ao Jornal Económico José Oliveira, coordenador da Fectrans.

Este responsável salienta que “há um processo de negociação com vista à obtenção de um novo acordo de empresa que neste momento está bloqueado por falta de respostas da administração”. José Oliveira acrescenta que desde o último aumento salarial em 2019, na sequência de um período de greves, não houve mais negociação de salários e frisa: “isto numa empresa que teve, entretanto, um administrador que disse que era justo um aumento dos salários nas empresas privadas da área metropolitana de Lisboa que igualasse a contratação coletiva ao que é praticado na Carris”.

Segundo o responsável sindical, “foram criadas expetativas que não estão a ser cumpridas”.

De acordo com a Fectrans, foi também enviado à administração um ofício com as conclusões do plenários, onde se transmitiu que as organizações de trabalhadores foram mandatadas para dar um prazo de 15 dias à administração da empresa, para que atualize de imediato os salários dos motoristas, para os valores constantes no caderno reivindicativo entregue à administração em 2019 (750 euros) e igual valor nominal para os restantes trabalhadores.

Segundo a Fectrans, os trabalhadores reivindicam que, de imediato, haja o aumento da tabela salarial, no mínimo em 50 euros, iniciando-se assim um caminho de valorização dos salários, caso contrário dentro de um ano serão abrangidos pelo SMN – Salário Mínimo Nacional.

“Para analisar a resposta, ou falta dela, realizar-se-á um plenário geral de trabalhadores no dia 9 de junho, no Laranjeiro/Almada”, acrescenta a Fectrans.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

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