A brasileira Vale, maior produtora e exportadora de ferro do mundo, registou perdas de 1.642 milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2019, informou a companhia na quinta-feira.
A Vale atribuiu as perdas à tragédia mineira registada em 25 de janeiro na cidade de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, que deixou 237 mortos e 33 desaparecidos após a rutura de uma barragem, que produziu um mar de lama e resíduos minerais.
No mesmo período de 2018, a empresa registou lucros de 1.590 milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros). No entanto, as perdas no primeiro trimeste de 2019 ainda são maiores em relação ao último trimestre de 2018, quando a Vale teve lucros de 3.786 milhões (3,4 mil milhões de euros).
Depois da tragédia, de janeiro a março a empresa registou o primeiro ebitda negativo (resultado operacional bruto) da sua história, com um resultado negativo de 652 milhões de dólares (580 milhões de euros).
Segundo o relatório, o impacto financeiro da rutura da barragem de Brumadinho foi de 4.954 milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros), em parte devido a programas e acordos de compensação, estimados em 2.423 milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros).
O Ebitda da Vale foi também afetado pelo menor volume de vendas do minério de ferro, que foi 30% menor do que o do quarto trimestre de 2018, e 20% inferior ao do primeiro trimestre do ano anterior.
Após o desastre de Brumadinho, a Vale, maior produtora mundial dessa matéria-prima, foi forçada a suspender a produção em várias unidades, o que, por sua vez, aumentou o preço do minério de ferro.
A mineira brasileira Vale obteve um lucro líquido de 6.860 milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros) em 2018, com um crescimento de 24,6% em relação ao valor alcançado em 2017.
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