Arkady Dvorkovich, um antigo vice primeiro-ministro que condenou as ações do Kremlin na Ucrânia, deixou o cargo que tinha da direção de uma fundação prestigiada, depois de ter sido acusado de “traição à pátria” e ter pedido a demissão de Dvorkovich.
Andrei Turchak, um legislador russo que faz parte do partido no poder, atacou Dvorkovich pelos comentários que proferiu, acusando-o de fazer parte de uma “quinta coluna”, com o objetivo de minar a Rússia. O mesmo legislador exigiu a sua demissão.
Dvorkovich é uma das figuras públicas russas que se mostraram contra a guerra. Esta semana confessou-se ao lado do país invadido, ao dizer que os seus sentimentos estão com a população ucraniana.
Dvorkovich foi vice primeiro-ministro entre 2012 e 2018. Agora com 49 anos, era presidente da Fundação Skolkovo, um centro de inovação e tecnologia nos arredores de Moscovo. Na sexta-feira, a Skolkovo disse em comunicado que Dvorkovich decidiu deixar a direção.
Mais tarde Dvorkovich comunicou através do sítio online da Skolkovo que considera as sanções aplicadas à Rússia pelo Ocidente como sendo “duras e sem sentido.”
Até ao momento, milhares de pessoas em várias cidades russas foram detidas por protestarem contra a invasão da Ucrânia, que dura há 22 dias. Os protestos já chegaram à televisão estatal russa, na qual uma jornalista do Canal Um mostrou um cartaz em que apelava ao fim da guerra e pedia que o povo russo não acredite na “propaganda” que ali se transmite. O presidente russo, Vladimir Putin, garante que esta é uma “operação militar especial” para desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia.
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