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Transparência fiscal é sinónimo de reputação na maioria das empresas europeias

Estudo realizado pela KPMG abrangeu 185 empresas multinacionais de 21 países europeus, entre os quais Portugal, revela que a energia e serviços financeiros divulgam uma informação fiscal acima da média dos outros setores.
12 Maio 2025, 14h00

As empresas olham cada vez mais para a transparência fiscal como um dos principais pilares estratégicos na sua reputação. A conclusão é de um estudo da realizado pela KPMG e pelo European Business Tax Forum, no qual 63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que essa prática teve um impacto positivo na sua reputação nos mercados onde atuam.

A análise abrangeu 185 empresas multinacionais de 21 países europeus, entre os quais Portugal, que avalia o cumprimento dos critérios definidos pela norma GRI 207: um padrão internacional de reporte fiscal no âmbito da sustentabilidade. Entre os setores analisados, a energia e serviços financeiros são aqueles divulgam uma informação fiscal acima da média dos outros setores.

Este estudo aponta cinco medidas para o sucesso das organizações: o envolvimento e o engagement ao mais alto nível, com o compromisso dos boards e Conselhos de Administração, uma abordagem faseada, dividida por etapas e com uma progressão gradual, o envolvimento de várias equipas desde o início, com uma colaboração direta entre as áreas de fiscalidade, sustentabilidade, comunicação e relações institucionais, a clareza e a consistência na comunicação e, finalmente, uma aposta na transparência e na simplicidade, sendo que algumas organizações optam pela partilha de insights, por oposição à partilha exclusiva de dados.

No que diz respeito aos países, a Dinamarca e Espanha são aqueles que mais informação divulgam do ponto de vista qualitativo e quantitativo.

Tomás Costa Ramos, Director de International Tax da KPMG em Portugal, considera que este estudo mostra que “um governance fiscal robusto importa vantagens para as empresas, designadamente nas seguintes dimensões: redução dos riscos fiscais, minimizando posições incertas, litígios e potenciais contingências; identificação atempada de oportunidades fiscais, promovendo eficiência fiscal alinhada com a estratégia de negócio; e um reforço do compliance fiscal, assegurando assim a conformidade contínua com a legislação em vigor, em cada momento, e com a estratégia definida pelas empresas”.

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