Impulsionada por novas exigências legais, sociais e éticas, este tema tanto pode ser visto como um desafio, ou como uma oportunidade estratégica para reforçar a competitividade, a reputação e a sustentabilidade das organizações. Numa altura em que a desinformação prolifera e a confiança é posta em causa, a responsabilidade social das empresas é cada vez mais valorizada e um fator de retenção e atração de talento.

As legislações europeias e nacionais têm vindo a reforçar a necessidade de práticas salariais transparentes, impondo obrigações claras às empresas, desde logo, de que para trabalho igual ou de valor igual deve ser assegurado salário igual. Não é de mais relembrar que atualmente e na União Europeia as mulheres ainda ganham, em média, cerca de menos 13% do que os homens, por trabalho de valor igual. E, esclareça-se, mulheres e homens até podem ter salários diferentes, mas essas diferenças têm de ser justificadas de forma objetiva. É de equidade e, até mesmo, de justiça salarial que se fala.

Normalmente quando se pergunta a alguém se na sua empresa há diferenças salariais a resposta é sempre a de que “pagamos igual a homens e mulheres”. No entanto, para que esta afirmação possa ser credível há todo um trabalho que é necessário ser realizado. E é precisamente aqui que entra a questão da transparência. É preciso garantir que todos os colaboradores tenham fácil acesso aos critérios utilizados para definir salários, níveis salariais e progressão na carreira.

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