Os setores com maior consumo de energia foram os Transportes (37%), a Indústria (27,7%) e o Residencial (17,5%). Esta é uma das conclusões do Observatório da Energia da ADENE lançado na quinta-feira, no Dia da Energia, com a 7ª edição do ‘Energia em Números 2025’. Esta publicação analisa dados até 2023 e inclui informação provisória de 2024.
Ao nível da eficiência energética o ‘Energia em Números’ refere que a intensidade energética da economia em energia primária caiu 20% face a 2013, “refletindo um uso mais eficiente da energia por unidade de PIB” e que a intensidade energética da indústria “registou uma redução de 15,2%” na última década. “O setor dos transportes manteve-se como o principal consumidor de energia final (37%), seguido pela indústria (27,7%), setor residencial (17,5%) e serviços (14,8%)”, refere o ‘Energia em Números’.
Na eficiência nos edifícios verifica-se que mais de 2,9 milhões de certificados energéticos foram emitidos desde 2008 e que o potencial de poupança energética se cifra nos 62% no setor residencial e em 12% no comércio e serviços.
O investimento médio por habitação, no que diz respeito à eficiência nos edifícios, atingiu os 8.493 euros, com retorno estimado em oito anos, salientou o ‘Energia em Números.
Ao nível dos consumos de energia a potência elétrica instalada atingiu 26.549 MW, “com 78,1% de origem renovável” e o consumo final de energia subiu 1,7%, “impulsionado pelos transportes (+6,6%) e serviços (+4,9%)” sendo que os setores com maior consumo foram os Transportes (37%), a Indústria (27,7%) e o Residencial (17,5%).
Na energia renovável em 2023, “63% da eletricidade produzida em Portugal teve origem em fontes renováveis, com destaque para a hídrica, eólica e solar” e a “quota de energias renováveis no consumo final bruto atingiu 35,2%, aproximando-se da meta de 51% para 2030”.
Os dados da ADENE diz ainda que desde 2014, a inclusão da energia proveniente de bombas de calor nos balanços energéticos permitiu reavaliar positivamente o contributo das renováveis.
Ao nível da economia e dependência externa a dependência energética “situou-se em 66,7% em 2023, cada vez mais próxima da meta de 65% estabelecida para 2030” e em 2024, o saldo importador de energia caiu 15,6%, “fixando-se em 5,7 mil milhões de euros, impulsionado pela descida dos preços internacionais dos combustíveis”.
Nas emissões e clima, as emissões totais de gases com efeito de estufa (GEE) “caíram para 53,3 Mt CO₂eq — o valor mais baixo desde 1990”, a intensidade carbónica da economia diminuiu 30,8% face a 2013, e a quota de renováveis no aquecimento e arrefecimento atingiu 47,1%; nos transportes, fixou-se nos 11,2%.
Ao nível dos preços das energia a ADENE salienta que Portugal manteve-se entre os países da União Europeia com preços “mais competitivos de eletricidade e gás natural” e em 2024 Portugal foi o 16º país com eletricidade mais barata para consumidores domésticos na UE27.
No mercado em 2024 havia 6,5 milhões de clientes de eletricidade, “dos quais 87% já se encontravam no mercado liberalizado”.
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