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Três fintechs portuguesas ganham entrada no programa da Visa

Coverflex, Fraudio e Holywally destacaram-se entre a centena de candidaturas na Península Ibérica no primeiro Visa Innovation Program Europe (VIPE) que abrangeu Portugal, avançou o grupo de pagamentos ao Jornal Económico.
26 Junho 2023, 07h30

O programa de aceleração para fintechs “Visa Innovation Program Europe” (VIPE), que pela primeira vez inclui Portugal, selecionou três empresas portuguesas – a Coverflex, a Fraudio e a Holywally – e cinco espanholas – a Dedomena AI, a Dogood People, a Goscore, a Reveni e a Toqio.

Das 111 candidaturas recebidas entre Portugal e Espanha, estas oito fintechs foram as selecionadas para participar no programa de 2023 e trabalhar com a Visa, a Hackquarters e a Fintech Solutions, bem como a sua rede de clientes e parceiros, avançou a multinacional de pagamentos ao Jornal Económico (JE).

Com o intuito de acelerar a inovação no sector financeiro e dos pagamentos, este grupo de empreendedores das finanças irá receber formação e orientações de especialistas para poderem melhorarem as suas soluções e expandirem internacionalmente.

O gestor do negócio da Visa em Portugal disse ao JE que estas fintechs irão ter “acesso privilegiado e diferenciado à infraestrutura da Visa, o programa contempla sessões de mentoria individuais, aconselhamento especializado, ferramentas tecnológicas valiosas e acesso a possíveis clientes que poderão validar as propostas de valor de cada empresa”.

A Visa pretende proporcionar experiências que contribuam “para o desenvolvimento dos pagamentos do futuro” e dar “rampas de lançamento que lhes permitam escalar os seus projetos”, porque demonstraram “conhecimento, ambição de crescimento e modelos de negócio com potencial para serem escaláveis internacionalmente”, diz Gonçalo Santos Lopes.

O country manager da Visa em Portugal afirma que a empresa quer fazer “parcerias comerciais sempre que haja oportunidade para o fazer, embora o investimento em ações por parte da Visa não esteja diretamente abrangido por esta iniciativa”.

Desde 2018, o VIPE recebeu mais de mil candidaturas, sendo que esta última contou com cerca de 300 vindas de Portugal, Grécia, Chipre, Malta, Turquia, Espanha e Itália. “As fintechs têm a possibilidade de aceder aos mais de 120 clientes e parceiros da Visa no âmbito do VIPE, no entanto, não ficamos por aqui, também facilitamos a sua entrada noutros mercados Visa, que façam sentido para a sua estratégia de negócio”, refere Gonçalo Santos Lopes.

Questionado sobre o desenvolvimento da indústria fintech, inicialmente marcada pelos pagamentos e agora a assistir a um impacto maior da blockchain, o responsável da Visa em Portugal antecipa que a área primordial continuará, “sem dúvida”, a ser a “força motriz”.

“Assistimos a um reequilibrar, por parte das fintechs, do seu peso no B2C [Business to Consumer] para o B2B [Business to Business], expandindo horizontes e melhorando não só a vida dos consumidores finais, mas também das PME [pequenas e médias empresas], dos comerciantes, da administração pública e das sociedades no geral, como também, fornecem soluções que ajudam a digitalizar e a tornar mais eficientes os movimentos de dinheiro em todos os contextos, nacionais e internacionais”, argumenta.

A previsão da Visa é que o ecossistema se torne mais diversificado, disruptivo e com um maior peso da colaboração em vez da concorrência com outras partes interessadas da cadeia de valor. “Gerimos uma rede aberta. Isto cria condições de concorrência equitativas na qual todos os participantes responsáveis são bem-vindos e as suas inovações geram uma concorrência intensa, mas também benefícios para todos”, explica Gonçalo Santos Lopes ao JE.

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