A maioria do dinheiro doado aos partidos europeus é de origem desconhecida, avança o jornal “Público” esta quinta-feira, numa investigação com um consórcio liderado pelo “Follow the Money”.
Segundo os dados do consórcio, que analisou mais de 200 partidos europeus com potencial para eleger eurodeputados nas eleições europeias de junho, entraram 941 milhões de euros nos cofres dos partidos entre 2019 e 2022. No entanto, não foi possível identificar a origem de 664 milhões de euros, o que representa pouco mais de 70%.
A investigação nota que a Alemanha é o país europeu onde menos se sabe da origem do dinheiro doado aos partidos. A lei germânica define que apenas os valores elevados têm de ser divulgados e qual a sua origem, sendo que 75% do montante doado aos partidos é anónimo.
A publicação evidencia, no entanto, que Portugal se destaca pela positiva, sendo que é possível identificar a origem de 85% dos donativos aos partidos que concorrem às europeias.
O mesmo estudo da “Follow the Money” indica ainda que os partidos da direita radical arrecadaram um total de 97 milhões de euros em donativos no mesmo período temporal. Contas feitas, isso significa que um em cada sete euros doados aos partidos europeus se destina à extrema-direta.
Isto significa ainda que quase 15% dos 941 milhões de euros que foram doados aos partidos na Europa entre 2019 e 2022 foi entregue aos partidos da direita radical.
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