Trinta e sete dias de invasão russa. Ponto de situação no terreno

O 37.º dia de guerra na Ucrânia é marcado por acusações de traição de generais ucranianos, e suspeitas de aprisionamento domiciliar de conselheiros russos. A evacuação de Mariupol continua a enfrentar obstáculos e foi, mais uma vez, suspensa face a contínuos ataques das forças do Kremlin. Estas e mais notícias abaixo:

• Volodymyr Zelensky demitiu dois generais ucranianos e acusou-os de traição, tendo sido demitidos por violação do juramento militar de lealdade. “Pouco a pouco serão todos punidos”, ameaçou.
• A Comissão Europeia propôs hoje que a UE facilite, sem encargos e ao câmbio oficial, a conversão de notas ucranianas para moeda local, até perto de 300 euros por pessoa que foge da guerra na Ucrânia.
• A ofensiva militar matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, para além e provocar mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos, segundo os mais recentes dados da ONU.
• As Nações Unidas conseguiram entregar alimentos e água destinados a cerca de seis mil pessoas na cidade cercada de Sumy na quinta-feira, para além de cobertores e outros bens essenciais para 1.500. Contudo, ainda não conseguiram aceder a Mariupol por questões de segurança.
• A evacuação de cidadãos ucranianos da cidade de Mariupol, prevista para hoje pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, voltou a ser suspensa depois de um conselheiro do autarca ter indicado que os ataques russos permanecem demasiado perigosos e instáveis.
• A Rússia evacuou 300 soldados com altas doses de radioatividade no sistema por não terem usado proteção quando se movimentaram na “floresta vermelha” de Chernobyl.
• Biden disse na quinta-feira que Putin “despediu ou colocou em prisão domiciliária alguns dos seus conselheiros” por não ter sido totalmente informado sobre o desempenho militar na Ucrânia. O porta-voz do Kremlin disse que os comentários eram “um exemplo perfeito de desinformação de um chefe de Estado”.
• Durão Barroso revelou que, em conversa com Putin em 2014, ele lhe terá dito “que conseguia conquistar Kiev em duas semanas”.  O líder russo nunca aceitou emocionalmente e psicologicamente a existência de uma Ucrânia independente”, revelou.
• Apesar das ameaças feitas por Putin, a Europa continua a receber gás russo mesmo não estando a pagar em rublos.