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Trump culpa extrema esquerda por protestos violentos e critica Biden por pagar fiança a manifestantes

Dezenas de cidades nos Estados Unidos preparam-se para o sétimo dia de protestos contra a brutalidade policial nos EUA. Trump, que se refugiou num ‘bunker’, depois dos manifestantes chegarem ontem à Casa Branca, aponta o dedo a Joe Biden por libertar manifestantes detidos mediante o pagamento de fiança.
1 Junho 2020, 17h56

Os protestos da noite de domingo acabaram com o presidente Donald Trump a refugiar-se num bunker depois dos manifestantes terem ganho terreno em direção à Casa Branca. De acordo com a Associated Press, o presidente norte-americano isolou-se no local durante uma fora como medida de prevenção dos Serviços Secretos dos EUA.

Na rede social Twitter, Trump critica a equipa de “extrema esquerda” de Joe Biden — adversário democrata na corrida às presidenciais, em novembro — que está a pagar a fiança a milhares de manifestantes detidos pelas autoridades. Desde o inicio dos protestos (hoje deverá ser o sétimo dia seguido) mais de 4 mil pessoas foram detidas.

Trump considerou ser “perturbador” que a equipa de Biden “apoiasse financeiramente o caos que está a afetar pessoas inocentes e a destruir o que boas pessoas passaram a vida a construir”.

Os moradores afetados pelos protestos violentos são agora “as principais vítimas desta situação horrível”, afirmou o presidente. “[Os culpados] são os antifascistas e a extrema esquerda. Não atirem a culpa nos outros!”, tweetou no domingo.

A medida de segurança foi aplicada enquanto milhares de manifestantes protestavam pela morte de George Floyd às mãos da polícia junto à residência oficial do presidente dos EUA. O incidente deu-se uma hora antes do recolher obrigatório decretado pelas autoridades, a partir das 23 horas de domingo (4 horas desta segunda-feira em Lisboa).

Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante cerca de sete minutos.

Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Minneapolis, Washington, Chicago, Los Angeles e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.

Pelo menos 4.100 pessoas foram detidas nos protestos nos Estados Unidos que se seguiram à morte de George Floyd na segunda-feira, de acordo com uma contagem realizada pela AP.

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