Os protestos da noite de domingo acabaram com o presidente Donald Trump a refugiar-se num bunker depois dos manifestantes terem ganho terreno em direção à Casa Branca. De acordo com a Associated Press, o presidente norte-americano isolou-se no local durante uma fora como medida de prevenção dos Serviços Secretos dos EUA.
Na rede social Twitter, Trump critica a equipa de “extrema esquerda” de Joe Biden — adversário democrata na corrida às presidenciais, em novembro — que está a pagar a fiança a milhares de manifestantes detidos pelas autoridades. Desde o inicio dos protestos (hoje deverá ser o sétimo dia seguido) mais de 4 mil pessoas foram detidas.
Sleepy Joe Biden’s people are so Radical Left that they are working to get the Anarchists out of jail, and probably more. Joe doesn’t know anything about it, he is clueless, but they will be the real power, not Joe. They will be calling the shots! Big tax increases for all, Plus!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 1, 2020
Trump considerou ser “perturbador” que a equipa de Biden “apoiasse financeiramente o caos que está a afetar pessoas inocentes e a destruir o que boas pessoas passaram a vida a construir”.
Os moradores afetados pelos protestos violentos são agora “as principais vítimas desta situação horrível”, afirmou o presidente. “[Os culpados] são os antifascistas e a extrema esquerda. Não atirem a culpa nos outros!”, tweetou no domingo.
A medida de segurança foi aplicada enquanto milhares de manifestantes protestavam pela morte de George Floyd às mãos da polícia junto à residência oficial do presidente dos EUA. O incidente deu-se uma hora antes do recolher obrigatório decretado pelas autoridades, a partir das 23 horas de domingo (4 horas desta segunda-feira em Lisboa).
Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante cerca de sete minutos.
Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Minneapolis, Washington, Chicago, Los Angeles e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.
Pelo menos 4.100 pessoas foram detidas nos protestos nos Estados Unidos que se seguiram à morte de George Floyd na segunda-feira, de acordo com uma contagem realizada pela AP.
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