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Trump defendeu vala com jacarés, muro eletrificado e uso de armas de fogo para travar imigração ilegal a partir do México

O presidente terá sugerido encher uma vala de água cheia de jacarés, colocar um muro eletrificado com espinhos no topo e por fim, que as autoridades baleassem os migrantes nas pernas, avança o New York Times.
2 Outubro 2019, 12h33

Numa das várias reuniões que decorreram, no mês de março, na Sala Oval, Donald Trump terá feito um conjunto de sugestões como maneira de travar a entrada de imigrantes no território norte-americano.

De acordo com o The New York Times (NYT), esta quarta-feira, o presidente norte-americano sugeriu encher uma vala de água cheia de jacarés, muro eletrificado com espinhos no topo e por fim, que as autoridades baleassem os imigrantes nas pernas com o objetivo de os atrasar depois de cruzarem a fronteira entre os EUA e o México. Todas essas sugestões foram descartadas pelos conselheiros presentes na sala que o avisaram de serem ilegais, naquela manhã. Porém não impedira o presidente de admitir, publicamente, meses mais tarde, que havia dado ordem aos, então, 15 mil militares destacados para a fronteira com o México para dispararem contra os imigrantes da América Central em caso de confronto, mesmo que sejam usadas pedras.

O jornal norte-americano chegou à conversa com vários funcionários da Casa Branca e do Governo dos EUA diretamente envolvidos nos eventos que Trump promoveu naquela semana de março. “O presidente ficou frustrado e aproveitou esse momento para apertar o botão de redefinição”, disse Thomas D. Homan ao NYT, que havia atuado como diretor interino de Imigração e Fiscalização Aduaneira de Trump, lembrando-se daquela semana de março. “O presidente queria a situação fosse corrigida rapidamente.”

Naquele dia de março, Trump também ficou furioso com Mike Pompeo, secretário de Estado, por ter feito um acordo com o México para permitir que os Estados Unidos rejeitassem alguns solicitantes de asilo – um plano que Trump disse claramente estar falhando.

Hoje, com Trump cercado por conselheiros menos dispostos a enfrentá-lo, a sua ameaça de isolar o país de uma vaga de imigrantes permanece ativa. “Eu tenho poder absoluto para fechar a fronteira”, afirmou numa entrevista, este verão,  ao The New York Times.

 

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