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Trump está de volta e aponta a mira às intercalares de 2022

No mesmo palco que permitiu lançar a carreira nacional de Ronald Reagan, o ex-presidente mostrou que ainda tem capital político muito significativo. E que o pretende usar, sem pedir licença ao resto do Partido Republicano.
7 Março 2021, 19h00

Donald Trump está de regresso: 39 dias depois de deixar a Casa Branca pela porta dos fundos – uma vez que não teve disponibilidade para acompanhar o novo inquilino do edifício – o antigo presidente esteve numa conferência da Ação Política Conservadora (do Partido Republicano) e não só reafirmou que venceu Joe Biden nas eleições de 4 de novembro passado, como deixou a promessa de que continua a ponderar uma possível recandidatura à presidência em 2024. Para todos os efeitos – e mesmo que essa candidatura nunca venha a efetivar-se – todos os analistas são de opinião que, com as declarações desta segunda-feira, Trump mantém os republicanos reféns das suas decisões.

Havia poucas dúvidas de que esta seria a decisão de Donald Trump, não só por causa das suas declarações avulsas, mas também porque há poucas semanas se reuniu com o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, a quem prometeu ajuda para reconquistar a maioria naquele órgão do Congresso – ou seja, nas eleições intercalares que se realizarão em 2022 e que colocarão em jogo todos os 435 lugares da câmara. Trump dá assim a entender que pretende manter-se no jogo político interno dos conservadores e que quer usar o capital com que saiu da Casa Branca – onde é de muito relevo o facto de entre 68% e 70% dos conservadores quererem que Trump volte a candidatar-se à Casa Branca.

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