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Trump marca o dia em Lisboa com tombo do grupo EDP

O BCP valorizou mais de 5%, mas nem assim o PSI terminou no ‘verde’, já que as declarações de Trump sobre as energias renováveis empurraram a EDP e EDPR para perdas particularmente expressivas.
9 Janeiro 2025, 07h00

O índice PSI encerrou a sessão desta quarta-feira a perder 0,46%, até aos 6.371 pontos, sobretudo em resultado da queda expressiva das cotadas do grupo EDP. Donald Trump teve aqui um papel preponderante, pelas declarações que fez acerca das energias renováveis.

O presidente eleito pelos norte-americanos disse que quer travar a construção de parques eólicos nos EUA e gerou uma descapitalização de 4,92% na EDP Renováveis, cujas ações se ficaram pelos 9,28 euros. A empresa-mãe contraiu 3,28% para 3,067 euros.

A somar àquelas descidas, a Jerónimo Martins derrapou 3,43% para 18,28 euros, ao passo que a NOS recuou 2,65% e os títulos terminaram o dia a ser negociados em 3,30 euros.

De resto, registou-se uma leve correção nas ações da Galp, após a demissão do CEO, que alegou “motivos familiares”, após a denúncia de que teria uma relação de intimidade com uma diretora da empresa, que não foi comunicada à Comissão de Ética.

Em sentido contrário, o BCP adiantou-se 5,33%, até aos 0,4856 euros, após a subida do price target atribuído pelo JP Morgan. O banco de investimento passou a recomendar a compra dos títulos e subiu o preço-alvo até aos 60 cêntimos, o que significa um dos mais elevados entre os que avaliam o BCP.

A Mota-Engil seguiu no mesmo sentido, ao ganhar 3,14%, para 2,822 euros.

Entre os índices europeus de referência, o sentimento foi de perdas, na sequência de a Alemanha revelar dados macro desfavoráveis, a respeito do retalho e das encomendas às fábricas. França perdeu 0,49% e o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 0,33%. Seguiram-se escorregões de 0,11% na Alemanha e 0,09% em Espanha. O Reino Unido fugiu à regra, já que o principal índice se adiantou 0,07%.

Esta quinta-feira voltam a surgir dados de peso na economia alemã, com a revelação da taxa de inflação de dezembro, a par da balança comercial de novembro. Do outro lado do Atlântico, os EUA vão divulgar dados referentes ao emprego, em indicadores que são uma ajuda para perceber a capacidade das empresas norte-americanas para contratarem mão-de-obra.

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