[weglot_switcher]

TrustEnergy. Franceses e japoneses concluem divórcio

A Engie ficou com a central a gás do Pego, enquanto a Marubeni ficou com a central a gás da Tapada do Outeiro. No total, separaram 3 gigas de capacidade de produção, incluindo ativos eólicos.
Paulo Cunha/Lusa
18 Novembro 2024, 15h18

Os sócios da TrustEnergy anunciaram hoje a conclusão da cisão estratégica que resultou na divisão dos ativos pelos franceses da Engie e os japoneses da Marubeni.

A Engie ficou com a central a gás do Pego, enquanto a Marubeni ficou com a central a gás da Tapada do Outeiro. No total, separaram 3 gigas de capacidade de produção, incluindo ativos eólicos.

“Esta divisão estratégica foi impulsionada pelo reconhecimento de que o setor está a passar por uma transformação significativa na nossa geografia, com o aumento da procura de soluções de energias renováveis e a evolução das preferências dos clientes”, segundo o comunicado hoje divulgado.

 A TrustEnergy adianta que todos os trabalhadores mantiveram os seus postos de trabalho, tendo sido integrados ou na Marubeni Corporation ou na Engie.

A conclusão da cisão teve ‘luz verde’ dos órgãos regulatórios relevantes, adiantam.

O consórcio TrustEnergy BV era detido a 50% por cada uma das empresas, contando com uma capacidade instalada de três gigawatts, sendo o “segundo maior ator no sector de eletricidade em Portugal e o quarto no segmento eólico”.

Entre os ativos, conta-se a Trustwind, que detém os ativos eólicos do grupo; a Turbogas, que detém a central a gás da Tapada do Outeiro em Gondomar (na foto), Porto; e a Elecgas, a central a gás natural do Pego, Santarém (detida a meias entre TrustEnergy/Endesa).

A TrustEnergy também detinha 56% da central a carvão do Pego, com a Endesa a deter 44%, mas este casamento acabou num divórcio amargo (ver notícias relacionadas), com vários processos em tribunal, depois de a central ter encerrado e as duas empresas terem-se desentendido sobre o futuro da central. Separadas, concorreram ao concurso para o ponto de ligação do Pego, que acabou por ser conquistado pela Endesa.

 

Como ficam divididos os ativos?

ENGIE

MARUBENI CORPORATION

Centrais eólicas:

Parque Eólico das Terras Altas de Fafe  Parque Eólico da Nave

Parque Eólico de Mourisca

Parque Eólico da Serra do Ralo   

Parque Eólico de Prados 

 

 

Tejo Energia

Elecgas

Pegop

TrustEnergy S.A.

Centrais eólicas:

Parque Eólico da Terra Fria 

Parque Eólico de Carreço-Outeiro II    

 Parque Eólico de Mosqueiros II 

 Parque Eólico de Mértola

Parque Eólico de Vale de Estrela

 Parque Eólico do Bravo

Parque Eólico de Mougueiras 

 

Turbogas

Portugen

TrustWind services

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.