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“Tudo o que tiver de ser feito será feito”, afirma Marcelo sobre a Covid-19

Atual chefe do Estado diz estar preparado para tomar medidas ainda mais restritivas contra a Covid-19, “pois pandemia mais grave e mais longa quer dizer crise económica e social mais grave e mais longa”.
22 Janeiro 2021, 07h38

Depois de um primeiro mandato presidencial marcado por uma sucessão de crises tão graves quanto os incêndios florestais de 2017 e a pandemia de Covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa candidata-se novamente com o apoio do PSD e do CDS, mas também com destacadas figuras socialistas a seu lado. Acusado à direita de excessiva proximidade com o Executivo de António Costa, o atual Presidente da República mantém vantagem esmagadora em todas as sondagens, que indicam a sua reeleição à primeira volta, no próximo domingo. Numa entrevista em que respondeu por escrito às perguntas enviadas pelo Jornal Económico, deixa clara a sua visão de que os próximos cinco anos implicam desafios como a contenção da pandemia – para a qual não abdicará de medidas ainda mais restritivas no âmbito do estado de emergência –, a garantia de apoios para empresas e trabalhadores, o rearranque mais rápido possível da atividade económica e a resolução de problemas estruturais.

Apresenta-se a votos como um garante de estabilidade para anos que serão muito difíceis em Portugal. Acredita que a situação decorrente da pandemia é o fator decisivo para muitos daqueles que irão votar em si mesmo sem concordarem consigo em tudo aquilo que defende?
Em plena pandemia e em situação particularmente crítica, é inevitável que a procura de estabilidade signifique escolher quem tem mais condições comparativas para lidar com a pandemia.

As mesmas empresas de sondagens que lhe atribuem mais do que a soma dos seus adversários presidenciais apontam intenções de voto muito superiores nos partidos de esquerda. É um paradoxo que um candidato que se define de direita social possa obter mais votos fora do que dentro da sua área política?
As sondagens valem o que valem. Mas, supondo que retratam a realidade no momento em que são realizadas, porventura apenas permitiriam concluir que, nesse momento, as direitas valeriam, todas somadas, muito menos do que valiam em 2016, altura em que a minha vitória eleitoral já supôs a votação de eleitorado de esquerda, pois a coligação de centro-direita, mais votada nas eleições legislativas, ficava muito longe dos mais de 50% exigidos para a eleição do Presidente da República.

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