O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta quinta-feira que terá de ser feito um enorme esforço de contenção até março e que essas semanas irão determinar a evolução da pandemia, sendo que a mesma poderá prolongar-se até ao outono.
“Temos de estar preparados para um confinamento e ensino à distância mais duradouro do que se pensava antes desta escalada. Não vale a pena esconder a realidade. O que fizermos até março inclusive, determinará como será a primavera, o verão, e quem sabe o outono. Tudo se joga nas próximas semanas”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República considera que Portugal vive “o momento mais difícil da pandemia” e que “a variante inglesa do vírus surgiu e propagou-se vertiginosamente abarcando mais de 50% dos casos na Grande Lisboa. A pressão sobre as estruturas de saúde na Grande Lisboa é extrema”, realçou.
O Presidente reeleito sublinhou que “importa não perder a linha de rumo e determinação” e avançou com a possibilidade desta vaga ter começado a Ocidente: “Se for verdade que desta vez a vaga começou a Ocidente, e que Portugal é dos primeiros e não dos últimos a sofrer com esta pandemia, então é preciso agir depressa e drasticamente”, defendeu.
Marcelo Rebelo de Sousa não quis deixar de falar no plano de vacinação e na polémica relativamente à vacinação de titulares de cargos públicos. O Presidente da República referiu que “ninguém de bom senso gostaria de fazer passar de supetão um milhar de titulares de cargos políticos à frente de milhares de idosos com as doenças mais graves e por isso de mais óbvia prioridade”.
Aprovado décimo EdE
A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira o decreto presidencial que renova o estado de emergência, por mais 15 dias, prolongando-o até 14 de fevereiro. O prolongamento foi aprovado com os votos favoráveis do PS, PSD, CDS-PP, PAN e da deputada não-inscrita Cristina Rodrigues. Já o PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada Joacine Katar Moreira votaram contra e o Bloco de Esquerda absteve-se.
A renovação do estado de emergência vai permitir ao Governo manter o confinamento geral e as medidas decretadas para travar a pandemia de Covid-19 em Portugal, abrindo a porta ao fecho de fronteiras e ao ensino à distância. O decreto presidencial prevê também a mobilização de “profissionais de saúde reformados e reservistas ou que tenham obtido a sua qualificação no estrangeiro” para a prestação de cuidados de saúde e a proibição da divulgação de “saldos, promoções ou liquidações”. Este é o décimo estado de emergência a ser aprovado na Assembleia da República devido à pandemia de Covid-19.
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