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Turismo de Portugal recusa que crise da habitação esteja relacionada com turistas

“O turismo é um forte instrumento de coesão económica e social e com isso captar e reter talento e criar negócios que gerem riqueza”, afirmou o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, no “Encontro Fora da Caixa” da CGD.
18 Julho 2024, 18h44

O presidente do Turismo de Portugal negou esta quinta-feira, no “Encontro Fora da Caixa” promovido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que o crescimento do turismo em Portugal esteja a prejudicar a oferta de habitação no país.

“Para se fazer habitação… Tem de se fazer habitação. Não está relacionado com o turismo. O turismo é um forte instrumento de coesão económica e social e com isso captar e reter talento e criar negócios que gerem riqueza”, afirmou Carlos Abade, no evento que decorre no Cineteatro de Alcobaça e do qual o Jornal Económico (JE) é media partner.

Carlos Abade começou por explicar que, após a pandemia da Covid-19, em 2022-2023, houve uma recuperação muito expressiva e superior à média global deste sector. “Como é uma indústria global, é natural que em Portugal, que foi construindo mais-valias, seja possível crescer em valor, mais do que em números”, referiu.

Trazer o maior número de turistas para Portugal? “O meu trabalho é todos os dias trabalhar para melhorar a vida dos portugueses através do turismo”, assegurou Carlos Abade, no painel “Turismo em Portugal 360º”, moderado por Filipe Alves, diretor do JE e publisher da Media Nove.

Quanto à revisão da estratégia do turismo em curso e a preparação da seguinte, o presidente do Turismo de Portugal defende que, como “o mundo mudou muito rapidamente”, não se pode utilizar as soluções do passado para o futuro. “A próxima década tem de ser uma década de preocupação com a dimensão da sustentabilidade e de crescimento responsável, um contrato social entre os turistas e os residentes portugueses”, sugeriu.

Por esse motivo, garante que a entidade tem trabalhado em vários tipos de turismo, nomeadamente o literário, o que acaba por se materializar na produção e importação cultural, e no controlo da sazonalidade, que em 2023 atingiu o menor nível de sempre

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