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Turismo do Porto e Norte apela a que a CP reverta decisão de acabar com o comboio turístico do Douro

A TPNP manifesta otal discordância com a posição da CP e faz um apelo para que a decisão seja revertida. “Quando tanto se fala na necessidade de dinamizar o interior do país, uma decisão destas, tomada por uma empresa de serviço público, parece-nos desalinhada com a vontade demonstrada pelas entidades governamentais de apostar numa política de desenvolvimento das regiões do interior”, diz a entidade.
29 Março 2019, 17h44

Perante a notícia de que a CP – Comboios de Portugal pretende descontinuar o comboio turístico que liga o Porto à Régua, vem a Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), em comunicado, apelar a que a CP reverta a decisão.

“Numa altura em que a Região do Douro é cada vez mais procurada pelos turistas estrangeiros, bem como pelos nacionais, a intenção manifestada pela Administração da CP representa um forte prejuízo, não só para a região, que assim se vê privada de um meio de transporte tradicional, como para os turistas, que vêm reduzidas as opções de transporte para conhecer novos destinos, dentro do próprio destino”, diz a TPNP.

O comunicado explica que o argumento invocado pela CP, da falta de rentabilidade da linha, “parece-nos desajustado, principalmente numa altura em que o território em questão recebe 4,3 milhões de turistas por ano, boa parte destes com vontade de visitar a mais antiga região demarcada de vinhos do mundo, que é o Douro”.

“Os números disponíveis indicam que a maioria dos turistas que nos visitam não vem de carro e não quer conduzir, para poder usufruir da deslumbrante paisagem em toda a sua plenitude, pelo que a existência deste percurso turístico de comboio é, seguramente, uma alternativa válida e uma evidente mais-valia”, argumenta a Entidade Regional.

O turismo na região do Douro “tem vindo a crescer de forma muito considerável e a esbater a dificuldade que representa a sazonalidade”, dizem.

Por fim lança a carta do paradoxo do Governo: “Quando tanto se fala na necessidade de dinamizar o interior do país, uma decisão destas, tomada por uma empresa de serviço público, parece-nos desalinhada com a vontade demonstrada pelas entidades governamentais de apostar numa política de desenvolvimento das regiões do interior”.

Para o seu mandato, Luís Pedro Martins, presidente da Turismo do Porto e Norte, elegeu como uma das prioridades “o combate às assimetrias regionais em termos de número de visitantes e da duração média de estadia. A suspensão de um meio de transporte alternativo, capaz de proporcionar uma inesquecível experiência lúdica, é um revés significativo para esta estratégia”, lê-se na nota.

 

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