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Turismo e consumo interno vão manter Cabo Verde “em rota de crescimento”

O Banco de Cabo Verde prevê que a economia cabo-verdiana se mantenha na rota do crescimento alavancada em grande parte pelo turismo e pelo consumo interno. No primeiro trimestre, o crescimento homólogo superou os 10%.
11 Setembro 2024, 07h30

O Banco de Cabo Verde prevê que a economia do arquipélago se mantenha em rota de crescimento, com a ajuda do turismo e do consumo interno, de acordo com o último comunicado da instituição.

“Em relação à economia nacional, perspetiva-se que irá continuar a crescer, suportada, em grande parte, pelo desempenho da procura externa turística e do consumo privado, conforme evidenciam os indicadores quantitativos monitorizados”, lê-se no documento divulgado segunda-feira.

As reservas internacionais líquidas situam-se num “nível confortável, cobrindo cerca de 5,8 meses de importação de bens e serviços, considerado adequado para a manutenção da estabilidade do regime cambial de ‘peg’ fixo”, ou seja, câmbio fixo (110,265 escudos) em relação ao euro.

A última reunião do conselho de administração do banco central decorreu na quinta-feira e, sob recomendação do Comité de Política Monetária (CPM), o órgão decidiu manter as taxas de juro de referência.

A taxa diretora e as taxas de facilidade permanente de cedência de liquidez e de facilidade permanente de depósitos estão em 1,5%, 1,75% e 0,95%, respetivamente.

A manutenção reflete a “trajetória descendente da inflação” e a “expetativa de cortes nas taxas de juro pelos principais bancos centrais”, acrescentou o BCV, no mesmo comunicado.

A próxima reunião do Comité de Política Monetária está agendada para 05 de novembro.

A economia cabo-verdiana cresceu 5,1% em 2023, refletindo o desempenho do setor do turismo, concentrado em duas das nove ilhas do arquipélago (Sal e Boa Vista).

Os dados parciais mais recentes, divulgados pelo INE e referentes ao primeiro trimestre deste ano, apontam para um crescimento homólogo de 10,2% no período.

No que respeita à inflação, a taxa de variação homóloga em julho foi de 1,6%, desacelerando 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

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