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Turismo na Área de Lisboa gerou 13,7 mil milhões de euros em 2017

O aumento da oferta turística sustentável na região da capital, sem comprometer a qualidade de vida dos habitantes é um dos grandes desafios.
6 Abril 2019, 13h00

O setor do turismo na região de Lisboa gerou, direta ou indiretamente, mais de 13,7 mil milhões de euros em 2017, tendo criado 182 mil postos de trabalho nesse ano. São os dados revelados no estudo da consultora Deloitte, realizado para a ATL – Associação de Turismo de Lisboa.

“Face às conclusões apresentadas sobre o impacto macroeconómico do turismo naquele ano, estima-se que a produção total do setor tenha correspondido a 19,7% do PIB [Produto Interno Bruto] da região, nesse ano, e a 14,3% do emprego”, destaca o último boletim mensal da ATL- Associação de Turismo de Lisboa, referente ao passado mês de janeiro.

O mesmo documento acrescenta que “(…) a região de Lisboa apresentou um crescimento médio anual de 11,1%, entre 2005 e 2017”, no capítulo da riqueza gerada pela cadeia de turismo. Já no que respeita aos postos de trabalho, em 2017, foram criados  182.083 empregos, “refletindo um incremento anual médio na ordem dos 14,3%, numa comparação com 2015”.

Numa perspetiva de geração de riqueza, este estudo conclui que, face a 2015, “é visível um aumento no impacto dos diversos agentes da cadeia de valor na região de Lisboa”. “Em destaque, está o comércio, com mais 448 milhões de euros; a hotelaria e alojamento local, com um acréscimo de 353 milhões; e a animação, com 260 milhões de euros. Seguem-se os transportes, a restauração e os congressos e reuniões, com mais 243 milhões, 236 milhões e 60 milhões, respetivamente”, acrescenta o referido documento da ATL.

No total, a produção de turismo em Lisboa, por setor de atividade, distribuiu-se da seguinte forma: 42,1% no alojamento e restauração; 17,8% nas atividades culturais e desportivas; 16,9% no comércio; 14,2% nos transportes; 4,1% na construção; e 4,9% em atividades de serviços.

Do total de turistas estrangeiros que viajaram até Lisboa em 2017, a grande maioria (94%) fê-lo de avião. Desse universo, 92% visitou a região da capital portuguesa em lazer, tendo gasto, em média, 161 euros por dia. A estadia média dos turistas situou-se nas 2,3 noites, sendo que 4,4 milhões ficaram hospedados em hotéis da região.

Em relação ao futuro, este mesmo estudo da Deloitte recomenda atenção à descentralização, à diversificação da procura e à inovação, “de forma a garantir a sustentabilidade da cadeia de valor do setor do turismo e médio e longo prazo”, conforme revela o citado boletim mensal da ATL.

“Assim, como novos desafios, são considerados: o crescimento sustentável, isto é, o aumento da oferta sem comprometer a qualidade de vida da cidade e da região; a dinamização do produto ‘meetings industry’ ; a diversificação de segmentos – considerando os mercados de origem dos turistas e a qualidade da oferta (…)” , elenca o documento da ATL.

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