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Uber Eats reuniu 77% das reclamações dos consumidores em 2020

De acordo com a organização, março foi o mês em que se verificou a maior variação de crescimento face a 2019, com uma taxa de 617%, visto que foi o mês em que foi declarado o estado de emergência.
20 Janeiro 2021, 13h25

Os serviços de entrega de refeições ao domicílio verificaram uma subida significativa no número de reclamações, revela o Portal da Queixa esta quarta-feira, destacando a Uber Eats e a Glovo como as empresas mais visadas pelas reclamações dos consumidores.

A Uber Eats foi a empresa que verificou o maior volume de reclamações, reunindo 77% do total de queixas, contra os 21% da Glovo.

Entre as principais queixas, o Portal da Queixa evidencia o atraso na entrega, pedidos de reembolso e produtos em falta como os motivos que mais geram reclamações na entidade. No total do ano, aos consumidores geraram um total de 3.314 reclamações contra estes serviços, um aumento de 190% em comparação com o período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2019, no qual foram observadas 1.144 queixas.

De acordo com a organização, março foi o mês em que se verificou a maior variação de crescimento face a 2019, com uma taxa de 617%, visto que foi o mês em que foi declarado o estado de emergência. Por sua vez, abril foi o mês que reuniu mais queixas, obtendo 392 reclamações, seguindo-se 393 em novembro e 488 em dezembro.

Com o confinamento e com os restaurantes de portas fechadas só autorizados a funcionar em regime de take-away e entregas ao domicílio, o Portal da Queixa prevê que a insatisfação dos portugueses se agrave com base nos motivos anteriormente descritos mas também pela crescente diminuição da resposta e qualidade do serviço prestado.

“O verdadeiro problema da qualidade do serviço destas empresas não está relacionado com as taxas de comissões, mas sim com os problemas que são relatados pelos consumidores. Mais uma vez, os responsáveis governativos reagiram aos potenciais problemas económicos e não foram proativos a solucionar os problemas do lado do consumidor e com isso potenciar a economia de escala”, destaca Pedro Lourenço, CEO e fundador do Portal da Queixa.

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