A Uber vai entrar em bolsa (da sigla inglesa, IPO) esta quinta-feira e pretende levantar 9 mil milhões de dólares de forma a ter capital para ‘atacar’ segmentos de mercado que podem valer 12 biliões de dólares (cerca de 10,5 biliões de euros ao câmbio atual).
De acordo com o prospeto entregue na Securities Exchange Comission, o regulador dos mercados de capitais norte-americano, a Uber pretende entrar em vários segmentos de mercado. À cabeça, surge a mobilidade pessoal, que consiste em todos os quilómetros percorridos por veículos, avaliado em 5,7 biliões de dólares. Segue-se o Uber Eats, avaliado em 2,8 biliões e o transporte de mercadorias que, em 2017, valia 3,8 biliões.
A Uber vai vender ações com um intervalo de preço entre os 44 dólares e os 50 dólares. Isto significa que, no intervalo mais alto, a Uber poderá ser avaliada em 91,5 mil milhões de dólares, tornando-se na maior IPO desde o Facebook que, em 2012, foi avaliado em mais de 100 mil milhões.
A operação, assessorada pelos bancos Morgan Stanley e Bank America, vai tornar o fundador e CEO da Uber até 2017, Travis Kalanick, num milionário. Atualmente, Kalanick poderá vender ações no valor de cerca de 187 milhões de dólares, ficando com uma participação avaliada em 5,7 mil milhões depois da IPO.
O maior acionista da Uber, o fundo de investimento tecnológico japonês, o Softbank, que injetou 7,7 mil milhões na empresa em janeiro de 2018, vai vender ações que superam os de 270 milhões dólares, mas ficará com uma posição de 10,8 mil milhões.
Outros acionistas de referência, como a Alphabet, dona da Google, o Fundo Público de Investimento da Arábia Saudita, não vão vender ações no IPO.
O atual CEO, Dara Khosrowshahi, assim como mais quatro executivos de topo, terão direito a ações no valor de 380 milhões de dólares se a IPO for um sucesso.
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