Após alguns anos de luta, os condutores da Uber no Reino Unido foi atribuído o estatuto de assalariados, passando a ter direito a salário mínimo, pausas para descanso, férias pagas e serem inscritos no sistema de pensões, revela a “Reuters”. Estão em causa mais de 70 mil trabalhadores inscritos na plataforma de TVDE, o transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica.
Esta é uma mudança histórica no modelo de funcionamento da plataforma Uber Technologies, forçada pelo Supremo Tribunal britânico em fevereiro. Este caso entrou num tribunal de trabalho no Reino Unido em 2016, com dois ex-motoristas da plataforma digital a assumirem que tinham direitos e que a empresa não estava a cumprir.
A Uber tentou resistir às diversas exigências dos trabalhadores da Europa e dos Estados Unidos, que pediam uma melhor remuneração e benefícios semelhantes aos dos trabalhadores tradicionais. Numa primeira decisão, o tribunal britânico declarou que os trabalhadores da Uber tinham menos direitos do que empregados de outras empresas, que tinham direito a licença de maternidade e baixa médica.
A partir desta quarta-feira, 17 de março, os trabalhadores da Uber ganham os benefícios escritos pelo Supremo Tribunal do Reino Unido, um mês depois da decisão final. Até agora, os motoristas da plataforma de todo o mundo têm sido classificados como trabalhadores independentes.
“Este é um dia importante para os condutores no Reino Unido”, referiu Jamie Heywood, chefe de Uber para a Europa do Norte e Oriental. “A Uber é apenas uma parte da indústria de reservas de automóveis e esperamos que outros operadores se juntem a nós para melhorar as condições de trabalho destes trabalhadores que são essenciais para a nossa vida quotidiana”, apontou o responsável da Europa do Norte e Oriental.
Embora a empresa não tenha revelado o custo destas medidas, o salário mínimo no Reino Unido está fixado em 8,72 libras (10,18 euros) por hora para maiores de 25 anos. De acordo com a “Reuters”, os motoristas recebem esse valor depois de aceitaram um passageiro, embora o tempo em que estão à espera do mesmo e a transportá-lo não seja contabilizado.
Atualmente, o Reino Unido é o maior mercado europeu para a Uber. Ao fecho da sessão de ontem, a Uber perdeu 2,23% para 58,85 dólares.
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