UBS mantém EY como auditora após aquisição do Credit Suisse

O grupo UBS decidiu manter a EY como auditora externa e vai alargar o leque de funções da empresa na nova vida do banco suíço, depois da aquisição do Credit Suisse. A consultora internacional, que é auditora externa do UBS desde 1998, irá encarregar-se das contas do “superbanco” da Suíça a partir de 2024, avança este domingo o jornal “Financial Times” (FT).

A informação foi transmitida ao FT por duas fontes com conhecimento da decisão, que revelaram que a dimensão deste contrato significa que a EY terá de chamar colaboradores de outros países para trabalhar na auditoria. A PricewaterhouseCoopers (PwC), que é auditora do Credit Suisse desde 2020, vai auditar as contas do banco adquirido para 2023, de acordo com a informação transmitida pelo diário britânico.

No ano passado, o UBS pagou à EY 70 milhões de dólares em taxas de auditoria, enquanto o Credit Suisse fez acordos com a PwC no valor de 90 milhões de dólares, o que representa um aumento de 10% em relação a 2021, de acordo com os relatórios anuais dos bancos consultados pelo matutino. A extensão contratual que agora veio a público faz com que as taxas de auditoria para o grupo – UBS + Credit Suisse – é menor do que a soma das auditorias independentes, mas mantém-se com uma das mais elevadas no sector bancário mundial.

O UBS anunciou que iria comprar o Credit Suisse por 3 mil milhões de francos suíços (3 mil milhões de euros) em março, depois de uma fuga aos depósitos que superou os 60 mil milhões de euros só nos primeiros três meses deste ano. O desfecho ocorreu depois da pressão nos mercados causada pelo colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. O negócio organizado pelo Estado de Berna foi concluído no mês passado, embora ainda requeira anos até ficar totalmente operacional.