O UBS arrisca uma indemnização de 200 milhões de dólares se decidir manter os negócios do Credit Suisse em Espanha, avança o jornal espanhol Voz Populi.
O banco suíço deixou de operar a área do private banking em Espanha em 2021, depois de vender essa área de negócio ao Singular Bank, entidade gestora de fortunas do fundo Warburg Pincus e de Javier Marín, ex-CEO do Banco Santander.
Nesta transação, foi assinado um acordo de não concorrência, que será executado no caso de o UBS decidir não alienar a unidade do Credit Suisse em Espanha. A fatura ascenderia a 150 a 200 milhões de euros, segundo várias fontes financeiras revelaram ao jornal espanhol.
O próprio Javier Marín, CEO do Singular Bank, revelou em entrevista ao Expansión que havia uma cláusula de não concorrência, “natural ou superveniente”, por vários anos. Neste caso, corresponderia ao segundo caso (superveniente) depois de o UBS ter concordado em comprar o Credit Suisse por 3.000 milhões de euros.
O Deutsche Bank, o Banca March e o Singular Bank surgem como favoritos para ficar com os negócios de private banking da entidade suíça em Espanha.
O Voz Populi diz que no final de 2022, o Credit Suisse tinha cerca de 12 mil milhões em activos em Espanha, embora se deva ter em conta que a incerteza dos investidores levou a uma saída de fundos desde março. De acordo com as estimativas do sector, a instituição suíça perdeu cerca de 4.000 e 5.000 milhões, o que deixaria os seus activos num intervalo entre 7.000 e 8.000 milhões de euros.
O Credit Suisse admitiu no início da semana que o grupo sofreu uma fuga de depósitos de 67 mil milhões de francos suíços (68,3 mil milhões de euros), sobretudo na segunda metade de março, arrastada pela turbulência financeira provocada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB), segundo o jornal espanhol.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com