[weglot_switcher]

Ucrânia: batalha de Kharkiv está a ser perdida apesar de todos a terem antecipado

Ainda há esperança de que a linha de defesa mais próxima da cidade consiga suster a investida russa. Mas a falta de munições antiaéreas impede uma resposta minimamente eficaz.
Firefighters work at a site of a building damaged during a Russian missile strike, amid Russia’s attack on Ukraine, in Kyiv, Ukraine February 7, 2024. REUTERS/Valentyn Ogirenko
17 Maio 2024, 19h55

Os ataques russos a norte e a nordeste de Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia, foram antecipados pela estrutura militar das forças de Kiev, sinalizados pela inteligência ocidental e eram evidentes para todos os analistas militares. Serviriam para estancar as investidas ucranianas à região russa de Belgorod e permitiriam constituir uma espécie de zona-tampão entre a Ucrânia e os oblasts tomados por Moscovo a leste. Apesar disso, nos últimos oito dias, as tropas russas conseguiram caminhar cerca de seis quilómetros em território ucraniano sem que as forças de Kiev tivessem conseguido pará-las. Para os analistas, importa perceber-se a razão do sucedido e daí tomar as devidas ilações. Antes disso, e segundo o embaixador Francisco Seixas da Costa, vale a pena adiantar que a tomada de território por parte dos russos não é (em termos geográficos) “muito significativa”, que quer dizer que a capacidade do exército de Moscovo ”é muito limitada”.

Kharkiv à vista
De qualquer modo, e a acreditar nos próprios ucranianos, as defesas na região pura e simplesmente não existiam: “a primeira linha de fortificações e de minas simplesmente não existia”, escreveu o comandante ucraniano Denys Yaroslavsky já depois do ataque. Para Dan Sabbagh, especialista em defesa e segurança do jornal britânico “The Guardian”, as razões para a ‘desguarnição’ são evidentes: “as dificuldades militares da Ucrânia foram causadas em parte pela pausa de quatro meses no fornecimento de armas dos Estados Unidos – finalmente resolvida no mês passado, quando um pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares foi aprovado no Congresso. Ao mesmo tempo, a Ucrânia, em menor número nos campos de batalha, está a lutar para recrutar homens, tendo reduzido a idade mínima de alistamento obrigatórios de 27 para 25 anos”.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.