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Ucrânia: Diplomacia russa protesta contra afirmações ‘grosseiras’ de Johnson

Em comunicado, o Ministério adiantou que Deborah Bronnert recebeu um protesto “firme” contra “as afirmações abertamente grosseiras a respeito da Federação Russa, do seu dirigente, dos seus responsáveis, bem como do povo russo”.
30 Junho 2022, 19h26

A embaixadora britânica em Moscovo foi convocada hoje para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa para receber os protestos oficiais russos contra as afirmações “grosseiras” do primeiro-ministro Boris Johnson sobre o presidente Vladimir Putin.

Em comunicado, o Ministério adiantou que Deborah Bronnert recebeu um protesto “firme” contra “as afirmações abertamente grosseiras a respeito da Federação Russa, do seu dirigente, dos seus responsáveis, bem como do povo russo”.

Depois de denunciar “uma retórica insultuosa inaceitável”, a diplomacia russa sublinhou que “em uma sociedade polida, é costume apresentar desculpas por afirmações deste género”.

Johnson declarou na terça-feira à noite, na estação de televisão alemã ZDF, que Putin não teria desencadeado a ofensiva na Ucrânia se fosse uma mulher.

Depois denunciou a invasão militar russa da Ucrânia como “um exemplo perfeito da toxicidade masculina”, por ocasião do encerramento da cimeira do G7, na Alemanha.

Por seu lado, o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, declarou na quarta-feira à noite na LBC Radio que “a visão que o presidente Putin tem de si próprio e do mundo é uma síndrome do homem pequeno, uma visão macho”.

Wallace criticou também a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, por “ameaçar todo o mundo com as armas nucleares” todas as semanas.

Ainda segundo o comunicado do Ministério, a diplomacia russa também considerou “inaceitável” que os dirigentes britânicos “façam propaganda com informações deliberadamente falsas, nomeadamente sobre as ameaças presumidas da parte russa de ‘recorrer às armas nucleares’”.

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