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Ucrânia garante que não usará mísseis dos EUA para atacar território russo

“A Ucrânia está a travar uma guerra defensiva e não planeia usar o MLRS para atacar instalações na Rússia”, escreveu Mykhailo Podolyak, assessor presidencial ucraniano no Twitter.
3 Junho 2022, 08h56

O governo ucraniano disse esta sexta-feira, 3 de junho, que não está nos planos utilizar os mísseis fornecidos pelos Estados Unidos para atacar território russo, de acordo com o assessor presidencial Mykhailo Podolyak, através de uma publicação no Twitter.

O novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, fornecido pelos EUA, inclui helicópteros, sistemas de armas antitanque e sistemas de foguetes de artilharia de médio alcance (MLRS – sigla em inglês), capazes de atingir vários pontos estratégicos do território russo, principalmente aqueles mais próximos da fronteira.

“A Ucrânia está a travar uma guerra defensiva e não planeia usar o MLRS para atacar instalações na Rússia”, escreveu Mykhailo Podolyak no Twitter.

Podolyak garantiu que “os nossos parceiros sabem onde as suas armas serão usadas”.

Nas últimas semanas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, têm vindo a pedir aos países ocidentais armamento capaz de igualar o poder de fogo da Rússia.

Aquando da confirmação do envio dos sistemas de “rockets” de médio alcance para a Ucrânia, Biden explicou que os mesmos irão permitir às forças ucranianas “atingir mais precisamente alvos-chave no campo de batalha”.

No entanto, o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, receia que as armas fornecidas ao país invadido acabem no mercado negro global e nas mãos de criminosos uma vez terminado o conflito.

“Devemos esperar que essas armas sejam traficadas não apenas para países vizinhos, mas para outros continentes”. A questão cria um desafio. “Nenhum país ou região pode lidar com isso isoladamente porque esses grupos operam a nível global”, argumentou.

Por isso, a Interpol pediu aos membros que usem o seu banco de dados para ajudar a rastrear as armas. “Estamos em contato com os países membros para incentivá-los a usar essas ferramentas. Os criminosos estão interessados ​​em todos os tipos de armas”.

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