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Ucrânia: Hungria reitera oposição à adesão da Ucrânia à União Europeia

O líder húngaro acrescentou que, atualmente, não vê “um único argumento” que justifique a adesão da Ucrânia do ponto de vista dos interesses húngaros. 
Hungarian Prime Minister Viktor Orban speaks as he arrives for an EU summit in Brussels, Belgium December 10, 2020. John Thys/Pool via REUTERS
28 Fevereiro 2025, 11h04

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse, esta sexta-feira, que se opõe à adesão da Ucrânia à União Europeia argumentando que pode afetar a agricultura da Hungria.

“Eu, pela minha parte, sou contra”, disse Orbán quando questionado sobre a cimeira da União Europeia da próxima semana, onde, entre outras questões, vai ser discutida a eventual adesão da Ucrânia.

O líder húngaro acrescentou que, atualmente, não vê “um único argumento” que justifique a adesão da Ucrânia do ponto de vista dos interesses húngaros.

“É impensável, aqui e agora. Seria a nossa ruína, seria a ruína dos agricultores húngaros e da economia agrícola húngara, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, seria a ruína de toda a economia nacional”, disse Orbán em declarações à rádio pública Kossuth.

Orbán manifestou dúvidas sobre a forma como a Hungria poderia travar o que chamou “fluxo de crime” que seria gerado pela adesão do país vizinho, embora não tenha especificado a que se referia.

O líder nacionalista húngaro é um aliado do Presidente russo Vladimir Putin e tem relações tensas com a Ucrânia.

O governo de Orbán tem-se recusado a enviar armamento para a Ucrânia desde que a Rússia atacou o país em 2022.

O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, reuniu-se com Orbán em Budapeste, na quarta-feira, para preparar a cimeira da União Europeia, agendada para 6 de março, onde também vai ser discutido, entre outros assuntos, o apoio à Ucrânia.

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