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UGT exige “valorização imediata” do salário mínimo para 950 euros para 2026

A UGT exigiu hoje a “valorização imediata” do salário mínimo nacional para 950 euros em 2026, reafirmando o objetivo de atingir 1.200 euros em 2029, de acordo com um comunicado divulgado após uma reunião do secretariado nacional.
25 Setembro 2025, 21h22

A UGT exigiu hoje a “valorização imediata” do salário mínimo nacional para 950 euros em 2026, reafirmando o objetivo de atingir 1.200 euros em 2029, de acordo com um comunicado divulgado após uma reunião do secretariado nacional.

“Hoje as circunstâncias são, de facto, ligeiramente diferentes daquelas que perspetivávamos há um ano”, destacou a organização, apontando que, nessa altura, havia uma inflação que “estava a abrandar e que agora dá sinais de aceleração”.

A UGT indicou ainda a agudização dos problemas com a habitação e as taxas de juro que, “em virtude de tensões geopolíticas e instabilidades do ponto de vista internacional causam, neste momento, dificuldades acrescidas aos trabalhadores”, diminuindo o seu rendimento disponível.

“Temos, portanto, de acautelar a necessidade de resposta aos problemas dos rendimentos dos portugueses, o que de resto, também foi compreendido pelo Governo aquando da promoção da medida de atribuição de um suplemento extraordinário de pensões e quando colocou no programa do Governo uma nova meta para o salário mínimo, aproximando-se daquela que a UGT sempre defendeu”, destacou a entidade.

Assim, a UGT exige “a valorização imediata para 950 euros em 2026 e reafirma o objetivo de atingir 1.200 euros em 2029”.

Atualmente, o salário mínimo é de 870 euros.

Paralelamente, a organização sindical propõe “a revisão urgente dos valores previstos no acordo de médio prazo, defendendo aumentos não inferiores a 5% em 2026”.

Segundo a UGT, este ano “apresenta-se uma taxa de desemprego estável e baixa e com uma contínua criação de emprego, pelo que o mercado de trabalho deverá registar uma evolução positiva”.

Para a entidade, fica assim provado que “a economia portuguesa teve um bom desempenho económico com parco impacto na melhoria dos salários, particularmente nos trabalhadores, reformados e pensionistas de mais baixos rendimentos”.

“Com este cenário positivo, temos a capacidade para ir mais longe do que o previsto nos pressupostos com que assinámos o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade, e nos reforços posteriores”, salientou.

A UGT alertou ainda que “aumentos extraordinários não resolvem o problema estrutural das baixas pensões e da pobreza”, reivindicando ainda, em Concertação Social, “uma discussão urgente e focada exclusivamente em salários e rendimentos, sem ligação a outros processos negociais, como a legislação laboral”.

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