[weglot_switcher]

ULS Matosinhos “tenta atribuir” aos médicos do Hospital Pedro Hispano funções de limpeza, diz sindicato

O Sindicato Independente dos Médicos denuncia que estão a ser feitas exigências aos médicos do Hospital Pedro Hispano da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, para a higienização dos gabinetes de consulta. SIM diz que já foram até disponibilizados àqueles trabalhadores kits de desinfeção para que efetuem a higienização do espaço.
2 Outubro 2020, 14h19

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia que estão a ser feitas exigências aos médicos do Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), para a higienização dos gabinetes de consulta, alegadamente por carência de assistentes operacionais. SIM diz que já foram até disponibilizados àqueles trabalhadores kits de desinfeção para que efetuem a higienização do espaço, entre consultas.

“Aos médicos do Hospital Pedro Hispano (ULS de Matosinhos, EPE) mantém-se a exigência de que por eles seja realizada a higienização dos gabinetes de consulta, alegadamente por carência de assistentes operacionais para tal efeito, tendo àqueles trabalhadores médicos, sido inclusive agora disponibilizados kits de desinfeção para que efetuem a higienização do espaço, entre consultas”, revela o SIM nesta sexta-feira, 2 de outubro.

Segundo o SIM, este sindicato relembrou no passado dia 15 de junho  ao  conselho de administração da ULSM que a realização da higienização e desinfeção do local de trabalho não é da competência dos trabalhadores médicos, por, diz, “não se entender compreendida no elenco funcional que encontra previsão convencional. Naquela data foi ainda deixado o apelo à administração daquela ULS para garantir os meios humanos (assistentes operacionais) necessários à realização das tarefas necessárias. “Não apenas para a ressalva da prevenção de doenças profissionais dos trabalhadores médicos, mas também a própria saúde dos utentes”, frisa o SIM.

De acordo com o sindicato liderado por Jorge Roque da Cunha, além de não ter havido a resposta que, frisa, a” civilidade do relacionamento institucional exigiria, nada foi feito e a situação denunciada perdura”.

O SIM conclui que “os médicos, nestas circunstâncias, não deverão levar a cabo a consulta prevista nas instalações não higienizadas”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.