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“Um lugar seguro para proteger dados confidenciais”. Empresa suíça quer construir cofres em plenos Alpes

Os clientes terão acesso 24 horas por dia através de um túnel que terá o tamanho suficiente para que os objetos possam ser transportados em camiões, caso seja necessário.
11 Julho 2020, 19h46

Conhecido como um país de serviços bancários discretos e seguros, a Suíça quer agora oferecer uma outra opção para que os mais ricos deste mundo possam guardar os seus bens mais valiosos: a ideia passa por esculpir abóbadas de rocha numa montanha dos Alpes, segundo conta a “Bloomberg” este sábado, 11 de julho.

Esta ideia partiu de um grupo de empresários e a montanha de Bruenig, a cerca de 40 quilómetros a sudoeste de Lucerna é o local escolhido. “A sua câmara do tesouro num maciço rochoso. Um lugar seguro para proteger os seus ativos e dados confidenciais”, escreve a Bruenig Mega Safe AG, empresa que está a construir os cofres, no seu site.

A empresa planeia usar uma extensão dentro da montanha equivalente a cerca de 10 campos de futebol, de acordo com o membro do conselho Hugo Schittenhelm. “Também podemos multiplicar esse espaço, se for necessário”, afirma.

Estes cofres vão dos 100 metros cúbicos a mil vezes esse tamanho, com alturas de até 90 metros As paredes da rocha garantem uma humidade relativa constante de 40% e uma temperatura de 12º graus. Os preços de venda começam a partir dos 440 mil euros.

Além de guardar objetos de valor, como obras de arte, ouro e até carros clássicos, estes cofres são “ideais como um local para atividades que precisam de responder a altos requisitos de segurança”, indica a empresa. O projeto está a ser realizado em conjunto com a Gasser Felstechnik AG, uma empresa especializada em engenharia de rochas e construção subterrânea.

A Bruenig Mega Safe está em conversações com cerca de uma dúzia de potenciais clientes, incluindo escritórios familiares, galerias de arte e pessoas ricas, realça Hugo Schittenhelm. Os proprietários do cofre são responsáveis ​​pelo custo de construção das salas, enquanto a empresa fornecerá os serviços públicos, segurança e outros serviços.

Os clientes terão acesso 24 horas por dia através de um túnel que terá o tamanho suficiente para que os objetos possam ser transportados em camiões, caso seja necessário. “Além de mais seguro, um cofre de pedra também é mais barato de construir”, refere Hugo Schittenhelm.

Até agora o maior interesse tem sido de cidadãos e empresas suíças, mas a empresa também procura atrair clientes de centros de riqueza como Hong Kong e Singapura. As obras estão programadas para começar no início do próximo ano, e os primeiros cofres deverão estar disponíveis 18 meses depois.

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