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Um mar de dinheiro dá vida ao mercado, mas a incerteza perdura

Hoje, quinta-feira, destaque para os dados que vão sair nos EUA sobre os pedidos de subsídio de desemprego, um valor que se espera vir a atingir o milhão.
26 Março 2020, 10h38

Ontem, quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva, os índices norte-americanos navegaram por águas de optimismo à boleia do vento emanado da promessa de um pacote de alívio para os cidadãos e empresas, que se espera seja aprovado ainda esta semana pelo Congresso.
Se é certo que o dinamismo dos Touros foi manifestamente menor do que na terça-feira, principalmente na parte final do dia, quando circularam rumores de um possível adiamento da aprovação dos 2 biliões de dólares em “estímulos”, é de realçar no entanto a importância do registo de quarta-feira, pois foi a primeira vez desde o dia 2 de Março que o S&P500 conseguiu ganhar valor em duas sessões seguidas, tal tem sido a pressão vendedora neste mês que está prestes a terminar.
A incerteza voltou a ser preponderante apesar de um movimento continuado de subida que durou 3 horas, logo após o frenesim inicial da abertura e até ao final da hora de almoço, visto que depois disso o mercado lateralizou até aos 30 minutos finais, quando caiu quase a pique, levando o Nasdaq a terminar no vermelho, ainda que por uma margem pouco expressiva, ao passo que o Dow Jones ainda conseguiu amealhar uma valorização de 2,39%, muito por culpa da fantástica subida de 24,32% nos títulos da Boeing, com os investidores a ganhar alguma confiança na salvação da empresa e do sector das linhas aéreas por parte do Estado.
Nos grupos do S&P500, as empresas industriais lideraram o optimismo e amealharam mais de 5%, seguidas de muito perto pelas imobiliárias e energéticas que valorizaram mais de 4%, respectivamente, tendo as últimas beneficiado da subida de 1,5% no preço do crude WTI para os $24.37 por barril.
Já no mercado cambial o dia foi de perda considerável para a moeda norte-americana, com o dólar a ceder 1,2% contra um cabaz de outras moedas principais, permitindo ao euro recuperar 0,9% para os $1,089, enquanto a libra inglesa ganhou 1,1%, terminando nos $1,1886.
Hoje, quinta-feira, destaque para os dados que vão sair nos EUA sobre os pedidos de subsídio de desemprego (semanal), um valor que se espera vir a atingir o milhão, dado o fecho progressivo de inúmeros negócios na semana passada, devido às medidas de quarentena impostas em vários Estados da maior economia do mundo.
O gráfico de hoje é do EUR/USD, o time-frame é semanal.
Depois de uma puxada ascendente no início do mês, o valor do principal par de moedas recuou para testar de novo a linha inferior do canal, que para já continua a “ditar” o andamento do activo.
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