Para tentar travar a propagação do novo coronavírus (Covid-19), o governo de Itália decretou um período de quarentena parcial no centro e norte daquele país, onde 16 milhões de pessoas em quinze províncias – segundo a Reuters – deverão “evitar completamente” entrar ou sair das regiões indicadas, e até deslocarem-se dentro das regiões, a não ser em caso de emergências ou “trabalho essencial”.
A quarentena decretada pelo governo de Giuseppe Conte iniciou-se esta segunda-feira e tem validade até ao dia 3 de abril, abrangendo as regiões de Lombardia, onde a capital regional é Milão, de Modena, de Parma, de Piacenza, de Reggio Emilia, de Rimini, de Pesaro e Urbino, de Alessandria, de Asti, de Novara, de Verbano Cusio Ossola, de Vercelli, de Pádua, de Treviso e de Veneza.
“Não haverá qualquer movimento para e de estas áreas, ou dentro delas, a não ser por questões provadas relacionadas com trabalho, emergências ou questões de saúde”, afirmou Conte, citado pela Reuters. “Estamos a enfrentar uma emergência, uma emergência nacional. Temos que limitar que o vírus se espalhe e prevenir que os nossos hospitais fiquem sem resposta”.
A medida do governo italiano prevê que todos os museus centros culturais, ginásios, piscinas e estâncias de ski, bem como as escolas e outros espaços públicos estarão encerrados atá ao referido dia 3 de abril. A realização de eventos culturais e recreativos, desportivos e religiosos, tanto em locais públicos como privados, está suspensa e todos os casamentos e funerais, civis ou religiosos, nas regiões referidas foram cancelados.
Os cafés e os restaurantes apenas poderão permanecer abertos, se for garantida uma distância de um metro entre funcionários e clientes.
O novo coronavírus foi detetado em dezembro, na China, tendo provocado já mais de 3500 mortos entre as mais de 101 mil pessoas infetadas em mais de 90 países. Com base no número mundial de infectados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.
Itália é um dos países mais afetados pelo Covid-19, contando já com mais de 5.880 casos e registando 366 vítimas mortais, 133 novas mortes no último fim de semana.
Portugal regista 31 casos confirmados de infeção. A Direção-Geral da Saúde comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.
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