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Um quinto dos cargos de administração nas cotadas são em acumulação

28 administradores acumulam cargos em várias empresas cotadas na bolsa de Lisboa. A acumulação é permitida pelas regras de mercado e aponta para a transversalidade de alguns grupos económicos em Portugal, que são acionistas em várias empresas. Associação de pequenos acionistas defende que administradores executivos não devem acumular cargos fora do seu grupo empresarial.
1 Agosto 2020, 09h00

Quase um quinto dos cargos de administração nas empresas cotadas em Portugal são em acumulação. Um total de 28 administradores ocupam 67 cargos num universo de 370 cotadas em Portugal. Estes gestores ocupam posições executivas e não executivas em mais de 50% das empresas que negoceiam na Euronext Lisbon: em 20 das 38 companhias nos dois índices acionistas portugueses.

Estes valores contrastam com os revelados no último estudo feito em Portugal sobre a acumulação de cargos. Num relatório relativo a 2014, mas publicado em março de 2016, a CMVM revelou que em “apenas 20 dos 422 cargos nos órgãos de administração eram ocupados por administradores que não exerciam funções em mais nenhuma sociedade”. Ou seja, cerca de 95% dos administradores de empresas cotadas em 2014 ocupava funções noutras empresas.

Uma explicação para a percentagem mais baixa apurada pelo Jornal Económico (JE) é que esta análise só se debruçou sobre a acumulação de cargos nas cotadas, deixando de fora empresas exteriores à bolsa de Lisboa.

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