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Um sexto das empresas do sector energético em risco de incumprimento elevado

“Lisboa é o principal centro de negócios”, com 80% do volume de negócios do sector registado na capital, o que pode ser explicado por ser a sede das maiores empresas.
6 Setembro 2024, 14h26

Um sexto das empresas do sector energético em Portugal estão em risco de incumprimento, segundo uma nota divulgada hoje pela Iberinform. Isto abrange empresas que operam em várias áreas do sector: produção, distribuição, comercialização e serviços energéticos.

“Cerca de 15% das empresas enfrentam um risco de incumprimento máximo ou elevado, o que pode estar relacionado a diversos fatores, como o tipo de energia produzida ou desafios regulatórios. A maioria das empresas, aproximadamente 59%, opera num nível de risco considerado médio, e cerca de 26% das empresas têm um risco baixo”, pode-se ler.

Apesar de só ter 40% das empresas nacionais, Lisboa é responsável por 80% do volume total de negócios: “Lisboa é o principal centro de negócios deste sector”. Já o Porto conta com 18% das empresas e 8% do volume de negócio.

A análise revela que cerca de 15% das empresas têm até um ano de existência, indicando um “fluxo contínuo de novos empreendimentos no mercado”. “As empresas com idade entre dois e cinco anos correspondem a 26%, enquanto as empresas com seis a dez anos de antiguidade representam 14%. As empresas com 11 a 15 anos somam 15%, sendo que as com 16 a 25 anos de existência representam 20%, e as com mais de 25 anos correspondem a 10%”.

A Iberinforma aponta que o setor energético em Portugal é “predominantemente composto por microempresas, que representam cerca de 78% do total”.

Olhando para os indicadores financeiros, estes “revelam uma autonomia financeira de 36%, indicando que, em média, 36% dos ativos das empresas são financiados com recursos próprios, sendo o restante financiado por dívidas e outras obrigações. A solvabilidade é de 57%, demonstrando que as empresas possuem ativos suficientes para cobrir um pouco mais de metade das suas dívidas de longo prazo”.

Analisando o rácio da qualidade da dívida, este “mostra que cerca de 50% da dívida das empresas é composta por obrigações de longo prazo, enquanto a metade remanescente é composta por dívidas de curto prazo. Estes rácios financeiros sublinham a importância de uma gestão equilibrada e prudente para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável das empresas do setor energético em Portugal”.

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