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MBA, uma “alavanca” para o mundo dos negócios

O programa avançado de gestão abre muitos caminhos. O JE foi conhecer dois antigos alunos que o consideram uma oportunidade de ver o mundo dos negócios de forma diferente e uma ajuda para desenhar novos rumos.
30 Abril 2021, 20h15

O Master of Business Administration, mais conhecido pela sigla MBA, é um curso que não é para todos, mas sim para quem já tem experiência profissional no mundo dos negócios, explicaram fontes contactadas pelo Jornal Económico (JE). Quem possui este tipo de formação, garante que é como uma alavanca para a criação de novas ideias e de novas empresas.

Artur Carvalho, administrador da consultora HMR, que terminou o MBA em 2016, sublinhou ao JE que esta experiência académica foi como “uma alavanca” para o mundo dos negócios.

“A minha entrada no MBA no ISEG, curiosamente, coincidiu com uma passagem profissional da indústria farmacêutica para o sector da distribuição farmacêutica, onde fui desempenhar funções na comissão executiva do maior operador em Portugal, a chamada Alliance Healht Care”, recordou.

Sendo a sua formação de base no sector farmacêutico, Artur Carvalho percebeu que tinha “um conjunto de lacunas relacionadas com áreas ligadas à gestão” que precisava de preencher para poder prosperar nesta área de negócio. E deu o passo.

O MBA serviu-lhe para “ter uma visão mais teórica” e alargar a rede de contactos. “No MBA temos idades diferentes, backgrounds diferentes, cursos e experiências distintos. Ver a forma como vários colegas conseguem abordar de forma também distinta os mesmos problemas enriquece-nos muito”, salienta.

“O MBA do ISEG está muito vocacionado para uma lógica de inovação, está muito vocacionado para nos obrigar a pensar, assenta numa lógica de construir um negócio”, garante.

Mais recentemente, em 2020 foi a vez de Rui Ferreira, senior business banker no Abanca Portugal, concluir o seu MBA na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). “Na altura, quando fiz a inscrição queria atualizar conhecimentos”, explicou ao JE, acrescentando que escolheu a UAL por ser a melhor em termos do binónio formação/preço.

“Começámos em novembro, as coisas foram correndo normalmente até que as coisas deixaram de ser normais…”. Chegou a pandemia e obrigou a formação a adaptar-se a uma nova realidade. Rui Ferreira considera que a UAL se adaptou bem aos novos tempos, passando as aulas a ser dadas de forma alternada entre formato presencial e à distância. “Terminámos com um delay de 15 dias face àquilo que era o calendário inicialmente previsto”, salienta.

Rui Ferreira garante que o seu MBA “não só cumpriu o objetivo de atualização de conhecimentos, como deu-me mais oportunidades. Uma delas de poder ver com ‘olhos’ mais organizados e mais estruturados a criação de negócio por conta própria, e a outra a possibilidade de regressar ao mundo académico”.

“O MBA abriu uma possibilidade de organizar de forma mais estruturada alguns pequenos negócios que já fazia e toda a informação do mundo dos negócios é sempre bem-vinda”, garantiu.

 

A vida depois do MBA
Tanto para Artur Carvalho como para Rui Ferreira, o MBA foi uma oportunidade para ver o mundo dos negócios de forma diferente e desenhar novos rumos.

Artur Carvalho sublinha que depois do MBA dois colegas do mestrado foram trabalhar para a Alliance Health Care, onde esteve até 2019. Entretanto, passou “para outra área, ligada à saúde. Sou o administrador da HMR, consultora do mercado da indústria farmacêutica. “Avaliamos a performance de mercado das indústrias farmacêuticas, assim como toda a sua dinâmica no sector porque coligimos dados das farmácias em Portugal, Espanha e Irlanda”.

Passados vários anos desde a sua formação continua a manter o contacto com os colegas do mestrado.

Rui Ferreira, por sua vez, está a “desenvolver um negócio em conjunto com alguns colegas do MBA, um projeto que poderá vir a tornar-se numa empresa real no âmbito das soluções para a reforma. Penso que há nicho de mercado, uma hipótese de desenvolver produtos nesta área”.

Depois da experiência na UAL, que também serviu para melhorar a perspetiva sobre os negócios que tinha no sector imobiliário, Rui Ferreira concluiu que este tipo de formação é para “as pessoas que tiverem curiosidade, iniciativa de perguntar”.

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