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Uma visão sucinta dos Partidos Regionais

Em Política tudo o que parece é, assim o dizem os Políticos…
13 Agosto 2018, 07h18

Em Política tudo o que parece é, assim o dizem os Políticos…

PSD: Falhou a renovação, por isso há o regresso ao velhinho PPD que tudo ganhava, mas nesse tempo, com um orçamento de campanha umas vinte vezes superior ao dos seus adversários políticos. É o retorno de Alberto João Jardim ao palco político.
Surpreende as cedências de Albuquerque que apesar dos constrangimentos continua a ser o candidato para as Regionais de 2019. Não está fácil o futuro do partido, que procura acordar a máquina de propaganda adormecida, e que ainda conta com um grupo extenso de fieis, como se constatou pelo Chão da Lagoa.

PS: O partido confunde-se com Paulo Cafôfo e aposta todas as fichas no seu candidato mediático, e provavelmente em outros independentes que venham suprir a falta de quadros, patente no Partido, que apesar de ter criado algumas novas “estrelas”, ainda não é suficiente para formar o Governo desejado.
Estamos perante as condições ideais para formação de um Governo mais à esquerda, mas que pelas cedências ao poder económico, vislumbro que pode vir aí, mais um Governo de carácter conservador e apostado mais ao centro; a preocupação pelo voto destrói o ideal.

CDS: Tem um novo líder, Rui Barreto, e o Partido parece estar unido e focado num bom resultado eleitoral, mas caso isso não venha a acontecer, serão 4 anos muito difíceis para o CDS, que entrará certamente em espiral destrutiva. A par do JPP, pode ser um dos aliados para formação de novo Governo, mas isto sempre e quando a visão centrista do desfecho das próximas eleições venha a triunfar.

JPP: Não se compreende bem o movimento que passou a Partido, isto é, se vai continuar a ser apenas o “Partido” com influência em Santa Cruz, ou então se vai começar a ter influência no resto da Ilha. Uma coisa é certa tem sido um partido de combate ao poder económico, mas com uma boa dose de populismo. Não me parece que seja um partido bem apetrechado tecnicamente, mas alguma água tem levado ao seu Moinho. Vão concorrer “taco a taco” com o CDS para ser a bengala do novo Governo.

BE:O caso Robbles, abalou e muito a estrutura do Bloco de Esquerda, a ver vamos se o novo Líder Regional, Paulino Ascensão, consegue evitar a factura que o povo provavelmente passará na urna eleitoral. Relativamente ao trabalho que têm desenvolvido, pouco se conhece, muito por culpa da falta de cobertura mediática e talvez algum problema de comunicação a nível da estrutura partidária com os órgãos de comunicação social.

PCP: Edgar Silva,tudo indica, será de novo o candidato do partido; Pouco há a dizer sobre o partido, uma vez que a táctica é a mesma e os intérpretes também; têm desempenhado um bom trabalho no terreno, como melhorado na estratégia de comunicação. No entanto o conservadorismo revelado no voto contra relativamente à eutanásia, em nada abona para considerar o partido progressista.A sua maior bandeira continua a ser a luta pelos trabalhadores e da melhoria das suas condições de vida dos mesmos, em termos de horário de trabalho e remuneração. O seu resultado nas regionais estará dependente da capacidade de regeneração.

Restantes Partidos: Os demais partidos que por aí andam, são partidos “barriga de aluguer”, que servem para apresentar um candidato a deputado, não tendo esses partidos, verdadeira estrutura regional. É legítimo, no entanto, seria melhor abrir as eleições regionais a candidatos Independentes que recolham assinaturas suficientes, em vez de criar partidos artificiais.

Posto isto, o tema central das eleições, será, a meu ver, a Autonomia, ou a falta dela.
Estamos perante uma sólida oportunidade de mudança, oxalá que sirva a população.

“What Matters Most is How Well You Walk Through the Fire” , Charles Bukowski

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