Especialistas da União Europeia alertaram para uma possível segundo onda de infeções no continente europeu, depois dos protestos anti racismo que aconteceram durante as últimas semanas. Alguns destes protestos contaram com a presença de dezenas de milhares de pessoas que, sem o devido distanciamento social, poderão ter “motivado” um elevado número de infeções, segundo a “Reuters”.
Jozef Kesecioglu, presidente da Sociedade Europeia de Medicina, afirmou que “se o aconselhamento é para todos manterem um metro e meio de distância uns dos outros, e todos ficam ao lado uns dos outros, abraçados, então não tenho um bom pressentimento sobre isso”.
Perguntado se poderia haver um surto de infeções nas próximas duas semanas, ele disse: “Sim, mas espero estar errado.”
Antes dos protestos recentes, os cientistas esperavam uma segunda onda somente após o verão. Mas a aglomeração de pessoas fruto dos protestos anti racismo podem acelerar as previsões.
Martin Seychell, oficial de saúde da Comissão da União Europeia, citado pela “Reuters” explica que “como qualquer doença respiratória infeciosa, as aglomerações de público podem ser uma das principais vias de transmissão”,
O vírus continua em circulação, embora a taxa seja mais baixa do que há algumas semanas atrás. A probabilidade e o tamanho de uma segunda onda dependeriam da manutenção efetiva das medidas de distanciamento social e de outros fatores, muitos dos quais ainda são desconhecidos, disse Seychell.
https://jornaleconomico.pt/noticias/um-problema-racial-que-diz-respeito-a-classe-trabalhadora-negra-em-portugal-manifestacao-black-lives-matter-em-lisboa-598039
Em Portugal, a manifestação contra o racismo reuniu “cerca de 10 mil pessoas de vários bairros” de acordo com Yousef, um dos organizadores entrevistado pelo Jornal Económico. Para o ativista ” é necessário reivindicar esta luta que é nossa tendo em conta a situação política e económica dos negros em Portugal”. Durante a manifestação não foram respeitadas as distâncias de segurança, mas a grande maioria dos presentes recorreu ao uso de máscara.
Existem atualmente mais 7.4 milhões de casos confirmados por Covid-19 no mundo inteiro, perto de 420 mil mortes e três milhões de recuperados desde o início da pandemia. Os Estados Unidos continuam a representar a maior parte dos infetados (mais de dois milhões) e a liderar no número de mortes (mais de 115 mil). O Brasil ocupa a segunda posição em termos de diagnósticos positivos com 775 mil casos e 39 mil mortes e em terceiro a Russia com 502 mil infeções e seis mil óbitos.
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