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UniCredit torna-se no maior acionista do Commerzbank

O banco liderado por Andrea Orcel anunciou ter atingido a compra de 21% do capital do banco alemão, um aumento considerável face aos 9% revelados a 11 de setembro. UniCredit ambiciona deter até 29,9% do Commerzbank.
UniCredit
23 Setembro 2024, 12h14

O UniCredit revelou que se tornou no maior acionista do Commerzbank, quase em simultâneo em que o governo alemão travou a venda de ações. Assim, o banco italiano superou o governo germânico, que detém 12% do banco.

O banco liderado por Andrea Orcel anunciou ter atingido a compra de 21% do capital do banco alemão, um aumento considerável face aos 9% revelados a 11 de setembro. Mas o UniCredit vai além e diz que já apresentou o pedido para adquirir uma participação até aos 29,9%.

“O UniCredit subscreveu hoje instrumentos financeiros relativos a cerca de 11,5% das ações do Commerzbank”, lê-se no comunicado emitido. “A liquidação física dos novos instrumentos financeiros só pode ocorrer depois de obter as autorizações necessárias. Juntamente com a posição de cerca de 9% comunicada anteriormente, a posição geral do UniCredit agora totaliza cerca de 21%.”, confirma a entidade liderada por Andrea Orcel.

Sobre a aquisição, o banco acredita existir “um valor substancial que pode ser desbloqueado dentro do Commerzbank, seja de forma independente ou dentro do UniCredit, para o benefício da Alemanha e das partes interessadas mais amplas do banco”.

“O UniCredit partilha a crença de que uma união bancária forte na Europa é a chave para o sucesso económico do continente e, por meio deste, para a prosperidade de cada uma de suas nações. Garantir o crescimento e a competitividade do sector bancário alemão é fundamental tanto para a economia alemã quanto para a Europa como um todo”, sustenta o banco italiano.

O governo alemão afirmou na sexta-feira a suspensão de venda de ações, pelo que o avanço do UniCredit surge por outros meios. Lembrar que o banco italiano é dono do HypoVereinsbank, o que gerou algum receio no meio das empresas, a espinha dorsal da economia alemã, e mesmo entre os executivos alemães.

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