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Universidade da Madeira aposta no reforço de ligação com empresas e StartUp

Em entrevista ao Económico Madeira, o reitor da instituição de ensino superior, diz que a Madeira é demasiado pequena para não utilizar todas as sinergias, e que não faz sentido não trabalhar em conjunto com a StartUp Madeira para optimizar a ligação às empresas.
29 Agosto 2019, 07h45

A Universidade da Madeira (UMa) tem feito uma aposta no reforço de bolsas Erasmus. Se há três anos existiam 40 bolsas para os estudantes da região irem estudar para fora, durante um determinado período de tempo, agora a oferta situa-se em cerca de 160, de acordo com José Carmo, reitor da instituição de ensino superior. O reforço da ligação com as empresas e a StartUp Madeira é também outro dos objetivos da instituição de ensino superior.

O reitor, em entrevista ao Económico Madeira, diz que este reforço das bolsas Erasmus tem trazido mais valias para os estudantes da UMa.

“Queremos incutir nos estudantes estas vontade de sair. É fundamental para cicerone novas culturas, fazer contactos,trazer conhecimentos para fazerem projectos, e ganharem confianças neles e na instituição”, explica José Carmo.

O reitor da UMa refere que esta experiência dos estudantes lá fora permite que eles “confrontem” os dois tipos de realidades.

“Temos um défice de acreditarmos em nós próprios. Aquilo que seja reforçar a sua confiança e confronta-los com os resultados, isso dá-lhes confiança e isso é fundamental”, reforça.

José Carmo diz que essa aposta tem sido feito quer nos estudantes como no corpo docente, fazendo parte da estratégia de internacionalização da UMa.

Outra área que tem sido alvo de reforço é a ligação entre a universidade e as empresas. José Carmo salienta que em 2016 existiam 17 projetos, que envolviam verbas de dois milhões de euros, enquanto que em 2018 já se contabiliza 42 projeto com verbas de oito milhões de euros.

Mesmo nos centros de investigação a melhoria tem sido evidente, como constata o reitor da UMa. Contudo José Carmo alerta que este tipo de projetos obriga a que a instituição tenha capacidade de investimento em termos de verbas financeiras.

“A Universidade tem de ter capacidade para alavancar estes projectos. Cá está uma dificuldade. Torna-se difícil alavancar estes projetos, que depois têm um retorno, mas até lá é preciso alavanca-los”, explica.

José Carmo sublinha que muitos destes projetos são com empresas, que englobam áreas como a agro-alimentar, a cosmética, a saúde, e até o desenvolvimento de estudos sobre vinho madeira com a da batata-doce.

O reitor da UMa diz que cada vez mais existe esta ligação entre a universidade e as empresas, e que quanto mais forte for a capacidade da instituição para “reforçar” o corpo docente e de investigadores, maior será o contributo.

“Dai ser importante termos um reforço do fundo de coesão, que permita por exemplo alavancar projetos, atrair mais pessoas”, salienta.

O reitor da UMa diz ainda que a instituição tem as “melhores relações” com a StartUp Madeira, da qual é um dos sócios e possui instalações bem próximas, que o investimento tem sido grande, e que o objetivo passa por ter “cada vez mais” uma ligação com StartUp.

“A Madeira é demasiado pequena para não utilizar as sinergias todas. A UMa pode ter as nossas partes de empreendedorismo. Não faz sentido que não trabalhemos em conjunto (com a StartUp Madeira) para optimizar a ligação às empresas”, reforça.

 

Leia a entrevista ao Reitor da Universidade da Madeira na edição do Económico Madeira de 2 de agosto.

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