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Universidade nos Estados Unidos cria uma cobra mecânica para ajudar em operações de busca e salvamento

A missão das equipas de busca e salvamento pode ser aliviada com ajuda deste protótipo inovador, que combina a agilidade de uma cobra, com a precisão da tecnologia. Uma equipa de engenharia mecânica desenvolveu uma cobra mecânica capaz de navegar entre obstáculos e atingir a velocidade de uma cobra real.
20 Fevereiro 2020, 08h07

Cientistas da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô em forma de cobra, para aproveitar as características dinâmicas do réptil rastejante na navegação entre obstáculos. Foi pensada e construída para ajudar equipas de busca e salvamento em cenários de desastre, segundo o The Guardian.

Os cientistas encarregues pelo desenvolvimento do protótipo, observaram os movimentos de várias espécies de cobras, com o objetivo de recolher a informação que iria ser usada no robô. Uma das características que levou os cientistas a escolherem este animal prende-se com a facilidade com que sobem escadas e ultrapassam obstáculos complicados, inclusive, alguns na vertical.

“Escolhemos estas criaturas assustadoras em busca de inspiração para os movimentos, porque elas são muito hábeis em escalar obstáculos de maneira estável no seu quotidiano. Esperamos que o nosso robô possa aprender a mover-se e rastejar em superfícies difíceis tal como as cobras” explica o professor de engenharia mecânica da Universidade John Hopkins, Chen Li, ao The Guardian.

Estudos anteriores tinham analisado os movimentos de cobras em superfícies planas, mas raramente em terrenos 3D, exceto em árvores. O professor Chen Li diz ao The Guardian que “estes [estudos] não representam necessariamente grandes obstáculos da vida real, como pedaços de entulho e detritos que os robôs de busca e salvamento teriam que escalar”.

A equipa de cientistas criou o robô para imitar, com o maior grau de precisão possível, os movimentos de cobras. Comparados às cobras robô de outros estudos, esta criação é mais estável do que a maioria e está perto de igualar a velocidade real de uma cobra.

O único problema, para já, prende-se com a eletricidade que este protótipo gasta, ou seja, para funcionar corretamente e chegar a uma fase em que já esteja pronto para ajudar as equipas de busca e salvamento, os cientistas vão ter que arranjar uma nova forma de alimentar eletricamente este réptil mecânico.

Ainda assim, Chen Li mostra-se entusiasmado “o animal ainda é muito superior, mas estes resultados são promissores para o campo dos robôs desenhados para atravessar grandes obstáculos”.

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