O concurso público levado a cabo pela Comissão Europeia (CE) para a compra de material de proteção para os hospitais (entre luvas, óculos de proteção, máscaras cirúrgicas e fatos de proteção) gerou propostas suficientes para encher o stock em 27 países da União Europeia (UE), explicou a presidente da CE, esta quarta-feira, ao jornal espanhol “El País”.
“Cobrimos todas as necessidades e inclusive conseguimos mais material do que aquele que necessitávamos”, disse a presidente da Comissão Europeia em entrevista a este jornal espanhol. “Desta forma, Espanha, tal com outros estados-membro, vai passar a poder aceder a uma quantidade de material que solicitou e que poderá distribuir pelos hospitais.”
Em termos de apoios económico, a presidente da comissão conta que foram relaxadas “as regras de auxílio estatal dos Estados”, o que vai permitir que o governo espanhol desbloqueie apoios no valor de até 20 mil milhões de euros para “apoiar as pequenas e médias empresas e trabalhadores independentes”.
Ursula von der Leyen respondeu ainda às criticas vindas de Itália sobre como em algumas regiões o apoio sanitário chinês chegou primeiro do que o apoio dos parceiros europeus, dizendo que “devemos estar agradecidos” com a chegada de qualquer tipo de apoio.
“Esta semana falei por telefone com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, e ele recordou-me que quando a China foi atingida pelo vírus em janeiro a União Europeia enviou imediatamente 56 toneladas de material médico de ajuda. E eles não se esqueceram disso. Por isso, quando de repente tivemos necessidade, eles quiseram retribuir-nos o favor. Devemos estar agradecidos e é desse tipo de solidariedade de que precisamos”, sublinhou von der Leyen.
Por fim, foi questionada sobre o impacto que a pandemia poderá ter sobre o espaço Schengen numa altura em que, após decretarem estado de emergência, vários países retomaram o controlo das suas fronteiras para fazer frente à crise do novo coronavírus.
Von der Leyen reconhece as medidas adotadas pelos países europeus “causou danos graves ao fluxo de mercadorias e ao funcionamento do mercado único”, porém garante que já se conseguiu retomar a normalidade e que praticamente “já não existem filas nas fronteiras”.
Por fim, o jornal espanhol questionou a comissária como está esta situação a afetar a sua vida pessoal. Ao “El Pais” Von der Leyen confessou que já não vê a sua famílias “há várias semanas” e que não poderá regressar a casa por muitas mais.
“Os meus sete filhos estão em casa do meu marido o que é bom”, afirmou. “O que fazemos é conversar por Skype todas as noites e discutir o dia que tivemos. Isso me dá forças para continuar”.
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