Ursula von der Leyen e a Comissão Europeia sobreviveram a uma moção de censura no Parlamento Europeu, com 175 eurodeputados a votarem a favor da moção de censura, 360 contra e 18 abstenções. Paradoxalmente, são estes 18 eurodeputados que ‘salvaram’ o que resta da vida da Comissão von der Leyen II e, mais que isso, reforçaram todo o leque de opções que em diversas circunstâncias foram, veladamente ou nem por isso, colocadas em questão.
Num contexto em que a vitória da moção era impossível, a dúvida estava no número de abstenções. Se fossem muitas, isso quereria dizer que os moderados do Partido Popular Europeu (PPE, conservador) e dos Socialistas e Democratas (S&D, social-democrata) aproveitariam a iniciativa da extrema-direita para dar um sinal a Ursula von der Leyen de que a sua gestão merecia reservas entre o grupo dos que a elegeram.
Os analistas confiavam que iria ser assim – mas não foi nada disso que aconteceu: as 18 abstenções são apenas 3,25% dos votos válidos, o que quer dizer que o ‘cartão amarelo’ que podia ser exibido à líder da Comissão ficou esquecido algures, face à necessidade maior de mostrar comprometimento político com von der Leyen.
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