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Valadas Coriel entra na Madeira para captar negócios com estrangeiros

A ‘of counsel’ Sandra Jardim Fernandes refere ao Jornal Económico que o escritório “já está em negociações com as várias organizações de nómadas digitais” no arquipélago.
23 Março 2021, 17h45

A sociedade de advogados Valadas Coriel & Associados (VCA) expandiu a sua operação para a Região Autónoma da Madeira e pretende captar os (cada vez mais) nómadas digitais e assessorar investimentos estrangeiros no arquipélago, conhecido como a pérola do Atlântico.

Ao Jornal Económico, a of counsel Sandra Jardim Fernandes explica que a representação de clientes com interesses no Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) – Zona Franca- também pesou na decisão de o escritório ter representação nesta ilha. Questionada sobre se pondera um ‘voo’ da sociedade até aos Açores, a consultora da VCA afirma que, neste momento, ainda não é uma possibilidade, mas não deixa de estar em cima da mesa.

Como é que se iniciou esta parceria com as advogadas Kelly Nunes e Cristina Freitas?

Cresci na Madeira e, depois da faculdade, regressei à Madeira onde trabalhei durante 25 anos como advogada e administradora de empresas ligadas ao turismo. O conhecimento da Kelly deu -se a nível pessoal há cerca de 15 anos e conheci a Cristina, não só por ser amiga e parceira de escritório da Kelly, mas por ser já uma referência na Madeira em termos de direito imobiliário, estando neste momento a representar os principais promotores imobiliários e fundos de investimento. Tenho pelas duas a maior das considerações, como pessoas e como profissionais íntegras, proativas, conhecedoras, o que nos dá total segurança na representação de uma sociedade de advogados com a projeção nacional e internacional da VCA.

Em que se materializará este acordo? A VCA vai ter de deslocalizar advogados?

O trabalho será desenvolvido pela equipa de Lisboa em coordenação com as representantes na Madeira, na área da imigração, fiscal, societário e imobiliário. A VCA tem hoje um departamento de imigração com nove elementos em Lisboa, dividido em três áreas: a imigração com base no investimento (golden visa), a área do investimento e a área encarregue dos restantes programas de imigração, com especial relevo para os programas D2 e D7. Isto permite que muito do trabalho a desenvolver na Madeira pelas colegas, nesta área, possa ser totalmente orientado e parcialmente realizado em Lisboa.

O que vos atrai, em termos de negócio, na Madeira?

A causa principal da ida para a Madeira foi sem dúvida a expansão na cobertura nacional do departamento da imigração, não só pelo impacto que a era da pandemia trouxe, com o aumento exponencial de estrangeiros a querem viver e trabalhar a partir da Madeira para o mundo inteiro, como também pela alteração da lei da imigração que só permitirá o investimento imobiliário residencial no interior do país e nas Ilhas. Neste momento, a VCA já está em negociações com as várias organizações de nómadas digitais na Madeira, disponibilizando a sua vasta experiência internacional para melhor ir ao encontro do perfil de cada digital nómada que decida trabalhar a partir da Madeira.

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