Os fabricantes de tintas pedem que a União Europeia (UE) repense as medidas que está a aplicar às exportações chinesas. Estes produtores apontam que os bloqueios à importação das matérias-primas provenientes da China levem ao encerramento de várias fábricas e à erosão de toda a indústria.
Conta o “Financial Times” que os fabricantes de tintas da UE temem um aumento das tarifas até 40% no dióxido de titânio, alertando que este acréscimo levará pequenos produtores à bancarrota e, em muitos casos, a mudar a produção para fora do bloco europeu.
“É uma questão de sobrevivência destas indústrias”, apontou Nicolas Dujardin, diretor de operações de Océinde, fabricante francesa de tintas, ao “Financial Times”. “Se as investigações resultarem em impostos tão elevados na Europa, vão existir falências”, alertou o responsável.
Já Paula Salastie, proprietária da finlandesa Teknos, explicou que o sector das tintas iria enfrentar uma desaceleração prolongada caso os consumidores sejam afetados por preços ainda mais altos. A responsável pela Teknos adiantou à publicação que se o fornecimento chinês fosse desviado, que a escassez de matéria-prima iria causar interrupções na produção.
Também o presidente da PPG, segunda maior empresa de tintas do mundo, sustentou que o aumento das taxas “teria um impacto negativo na competitividade” dos fabricantes europeus. Na opinião de Pedro Serret Salvat, que parece ser a mesma dos seus concorrentes, a subida do imposto é “desproporcional”.
A verdade é que a Europa está dependente da China nesta matéria, uma vez que o país liderado por Xi Jinping conseguiu aumentar a sua produção para 6,1 milhões de toneladas só este ano, tendo agora uma participação de 83% no consumo global.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com