Primeiro foi o impedimento de o ex-presidente, Jair Bolsonaro, se candidatar a cargos públicos até 2030. Agora foi a constatação de que o atual presidente, Inácio Lula da Silva, não está a ir para novo e (em princípio) não é eterno. Com o Brasil dividido a meio e com cada uma das partes insistentemente crispadas na relação entre si, o país está a passar por uma conjuntura política que os críticos não anteciparam quando Lula da Silva ganhou o direito a uma terceira vida no Palácio do Planalto.
O atual presidente já tinha sinalizado que estaria disponível para concorrer novamente às presidenciais e os eleitores também parecem – ou pareciam, até à dupla operação a que teve de ser submetido recentemente – seguir no mesmo sentido. De facto, Lula da Silva seria reeleito em 2026 em todos os cenários avaliados numa sondagem do instituto Quaest. O atual presidente venceria a segunda volta contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (a sondagem não considerou a impossibilidade da sua candidatura), contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (do partido Republicanos), contra o empresário Pablo Marçal (PRTB), ou contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). O estudo indica que a vitória de Lula sobre Bolsonaro seria de 51% contra 35% – uma margem bem mais confortável daquela que sucedeu de facto em 2022 (50,9% contra 49,1%).
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