Os carro elétricos “têm um impacto potencial” que pode levar a perdas de emprego no setor. Esta é a opinião de Maxime Picat, vice-presidente do grupo PSA na Europa (Peugeot, Opel e Citroen), numa entrevista publicada esta segunda-feira, no jornal espanhol “Cinco Dias”.
A opinião do responsável deve-se ao facto da construção do veículo elétrico envolver menos trabalhadores do que um carro movido a combustível. “Sabemos que temos que adaptar as nossas fábricas, mas sim, o veículo elétrico não é tão intensivo em termos de mão de obra. Teremos que nos adaptar”, refere.
Questionado sobre se as medidas exigidas pela Comissão Europeia sobre as emissões de gases, vão encarecer o preço do veículo elétrico, Maxime Picat, afirma que “a procura pela eletrificação e junção de tantas tecnologias ao automóvel, tem custo extra que depois alguém terá que pagar. Vamos tentar torná-lo o mais baixo possível, para permitir que a mobilidade permaneça disponível para todos”.
Sobre se existe algum prazo para os carros elétricos ficarem mais baratos, o responsável da PSA, assume que “é mais importante reduzir o preço das baterias. Entendemos que no início não é possível, mas quando o mercado atingir a maturidade, com vários concorrentes e mais tecnologia, uma redução no preço das baterias será promovido. Diria que a partir de 2020 será quando começamos a ter volumes de produção mais significativos”.
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